Durante o verão-outono de cá, em fevereiro e março de 2016, Eric Quach, o cabeça do Thisquietarmy, fez uma imersão em São Paulo. O canadense se infiltrou no Dissenso Studio, do pessoal da Labirinto, na capital paulista, e usando alguns sintetizadores e guitarras deu vida a “Democracy Of Dust”, terceiro disco que Quach lança em 2017 – os outros dois são “Métamorphose” (de fevereiro, ouça aqui) e um disco dividido com os italianos do Thank U For Smoking (ouça aqui).
“Democracy Of Dust” é um lançamento das Midira Records, de 28 de julho de 2017, e além de gravações no estúdio brasileiro, teve pós-produção em Berlim na Alemanha, e Montreal, cidade onde Quach mora.
A gravação é de Quach e Muriel Curi, baterista da Labirinto, com masterização de Brian Wenckebach, em Nova Iorque.
O disco tem sete faixas cujos temas esbarram na instabilidade política mundial, com foco principal nos acontecimentos brasileiros em torno do golpe parlamentar de estado dado em Dilma Rousseff, em 2016. Músicas como “Post-Truth” e “Transhumanism” mostram como a democracia pode ser reduzida a pó por máquinas e mentiras; enquanto o autor busca um pouco de esperança mais ao fim, com “A World Without Power” e “Nobody’s Free Until Everyone’s Free”.
Vale lembrar que não é a primeira vez que Quach se depara com a instabilidade política brasileira (e mundial) e a utiliza em seu trabalho. Em 2013, no vídeo de “World Protest”, o canadense utilizou algumas imagens dos protestos daquele ano no Brasil (veja aqui).
As forças desiguais de poder – a balança entre o 1% mais rico da população mundial e os outros 99% – segue guiando o Thisquietarmy.
1. Welcome To Mendacity
2. Post-Truth
3. Transhumanism
4. New Home Of Mind
5. The Harbinger
6. A World Without Power
7. Nobody’s Free Until Everyone’s Free
