RÁDIO DIÁSPORA – POESIA SONORA

Em 2014, Rômulo Alexis lançou o espetacular “Phylum”, via a igualmente espetacular Mansarda Records.

Agora, em 2015, tem um projeto novo bem interessante, chamado RÁDIO DIÁSPORA, com Wagner Ramos. Enquanto Alexis vai de instrumentos de sopro, Ramos oferece a bateria e os elementos eletrônicos, de modo que o projeto é diferente do trabalho solo de Alexis – ainda é um jazz de improviso, mas as colagens e inserções e o clima mais soturno resultam numa sonoridade de suspense, ainda quente (trompete esquenta qualquer clima), na espreita.

“O projeto surgiu de um convite do Wagner de fazermos um som de improvisação livre, pois ele tinha interesse em desenvolver esta linguagem. Tanto ele quanto eu tinhamos a idéia de usar elementos eletrônicos. Eu venho há tempos editando uns áudios, pequenos samples, mashups, ainda sem saber como trabalhar com este material e que acabou sendo bem colocado neste projeto”, disse Alexis ao Floga-se.

“Como somos quase vizinhos, tivemos facilidade de nos encontrar semanalmente e dar início a este trabalho, que pretende se debruçar sobre o farto material fonográfico produzido na diáspora africana e gerar composições através da improvisação em diálogo dinâmico com estas fontes”, revela.

A ideia da dupla é lançar um EP até o fim de novembro. Mas, “por enquanto, temos registros apenas de ensaios, gravados num condenser tascam”, diz Alexis.

A primeira peça desse EP é essa intrigante “Poesia Sonora”, com seus mais de vinte um minutos de improvisação e alegoria, que você ouve abaixo.

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