RÔMULO ALEXIS – PHYLUM

“Phylum” é mais um lançamento da Mansarda Records. E lançamento da Mansarda Records tem uma marca característica própria: inovação, ousadia, experimentação, liberdade.

Dá pra incutir no paulista (de residência) Rômulo Alexis todas essas características também, nesse trabalho. O trompetista jazzístico atrai o ouvinte com sonidos estridentes e envolventes, compulsivos e provocadores, em treze peças de improviso livre.

Ele é responsável por todos os instrumentos do disco: trompete, trompete de bolso, boquilhas, surdinas, pedais, microfones, objetos. Além disso, masterizou tudo e fez a bela capa do disco.

Segundo informações de capa, o trabalho foi “gravado no Verão e outono de 2014 em São Paulo, Brasil”.

Vale ler também o descritivo de cada uma das faixas oferecido pelo autor, que reproduzo abaixo:

“Phylum” – Sopro como matéria orgânica irrestrita. Trompete.

“Luz Elétrica” – Alterações do fio de ar dentro do instrumento multiplicando os timbres e os estratos sonoros. Trompete.

“Um Olho Por Um Ouvido” – Convite arrítmico para uma dança gestual imprevista. Trompete.

“Noz Vômica” – Estricinina sonora buscando inutilmente zerar a sintaxe musical. Trompete com boquilha de saxofone.

“A Fuga Do Centauro” – Toada de uma criatura híbrida mezzo homem mezzo cavalo, trotando o descompasso dos desejos. Trompete com borracha de desentupidor.

“Fenomenômeno” – “Drama” sonoro em dois atos. Reverb, microfone, trompete e surdina (no segundo ato).

“Perversidade Polimorfa” – Isorritmia esquizofrênica, giros sufis, movimentos circulares e manipula‹o dos timbres. Trompete preparado com boquilha.

“Fogo Flatuo” – Lirismo toscamente possível de uma tarde fria. Trompete.

“Casa Cheia De Pulgas” – Tapping bucal e multifonia eletrônica multiplicando os possíveis. Flanger, microfones e trompete.

“Vespestrila” – Poema metálico em dois atos. Ricocheteio da matéria sonora no interior de uma lata de biscoito e na caixa de uma bateria. Lata, caixa e Trompete.

“Portrait Of Ranario” – Paisagem Sonora, sons identificados: Rãs, grilos, lago, fogos de artifício, vitrola, buzina, pássaros noturnos e intervenções com trompete preparado com boquilha.

“Sopro Proscrito” – Exploração de distorções na tessitura aguda do instrumento. Trompete.

“Maldodor” – Abismo povoado de horrores sonoros e pesadelos musicais. Barulho, grito e urro instrumental. Trompete.

É um free jazz pra ser descoberto, apreciado, se deixar impressionar. Mais um acerto da Mansarda. Você pode baixar o disco direto no site do selo (clicando aqui – é de graça).

Veja o serviço:

01. Phylum
02. Luz Elétrica
03. Um olho Por Um Ouvido
04. Noz Vômica
05. A Fuga Do Centauro
06. Fenomenômeno
07. Perversidade Polimorfa
08. Fogo Flatuo
09. Casa Cheia De Pulgas
10. Vespestrila
11. Portrait Of Ranário
12. Sopro Proscrito
13. Maldoror

Ouça na íntegra esse belo trabalho:

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