BLACK POLYGONS – NAÏADE

Cyril Rampal é uma voz em desalinho com o resto da humanidade musical. Lança discos sem se importar, faz músicas sem se encaixar na expectativa e mesmo dentro de seu diminuto nicho, o ambient, aperta a marcha à ré, vira o volante e vai por outro caminho: são temas curtíssimos que raramente passam de dois minutos, como se fossem pequenos exemplos de algo ainda a vir ser acabado.

“Naïade”, o seu sétimo disco, chega ao mundo em 5 de abril de 2018, mais uma vez de maneira independente, via Bandcamp. É sua aparição anual – em 2016, teve “Polymnie” (ouça aqui), e em 2017, “Céladon” (ouça aqui).

Totalmente composto, produzido e executado pelo próprio Rampal, apresenta uma deliciosa novidade, “Too Late Now”, com vocais rapeados de Joshua Idehen, um “rap ambient”, por assim dizer.

“Naïade”, ou Náiade, na mitologia grega, são ninfas aquáticas com o dom da cura e da profecia. Elas possuem poderes de controlar a água. São como sereias, com voz sedutora, cuidavam das águas, deixavam as pessoas beber delas, mas não se banhar. Os infratores eram severamente punidos, com amnésias, doenças ou a morte. Algo me diz que esse perfil se encaixa à música de Rampal.

01. Aricie
02. Naïade
03. Endymion
04. Gentiane
05. Dusk
06. Orme
07. Fog
08. Too Late Now (com Joshua Idehen)
09. After Dark
10. Trémière
11. Kalmie

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