FLOGA-SE NO ESTÚDIO COM HEROD LAYNE – KOMA

A Herod Layne está prestes a gravar seu novo disco, que já tem título, “Umbra”. Pra viabilizá-lo, partiu pro famoso financiamento coletivo. Mas não qualquer um: a banda criou sua própria plataforma de financiamento coletivo, a Buzzker. Não é uma plataforma qualquer, tem um diferencial bem mais divertido. Pra entender do que se trata, dá uma passeada por lá.

Cartas na mesa, a banda segue ensaiando e afinando as músicas compostas (seis ou sete, nem todas já batizadas em definitivo). Inclua-se aí barulhos, ruídos e estouros de corda e quebras de guitarra. Barulhos e ruídos são e precisam ser ensaiados, fazem parte do DNA da música da Herod Layne; estouros de corda são comuns, claro, e a quebra de guitarra em pleno estúdio, sem plateia, é algo do coração, é uma extensão do explosivo modo de tocar, impregnado pela própria música.

O quarteto paulistano é, apesar da música turbulenta, formado por calmos e centrados músicos, que se transformam, pelo menos no caso do baterista Johnny e do guitarrista Lippaus, na proporção dos crescentes ruídos criados.




É mais ou menos a sensação que tive ao ser envolto por todos os lados por notas, timbres, porradas, noises saindo dos amplificadores. No começo, ainda frio, você aprecia, contempla. Em poucos minutos, você já está tomado por aquela vibração de desabafo, como alguém que escolhe tirar o estresse do dia a dia socando sacos de areia com luvas de boxe: é violento, mas acalma.

Meu começo de domingo, dia 27 de maio, que terminaria da maneira mais exaustiva possível, no Festival Cultura Inglesa, começou então surpreendente. Ficamos num estúdio em Moema, em São Paulo, das dez da manhã à uma da tarde. No total, gravamos dez músicas, todas do novo disco (três delas numa segunda tomada).

Uma amostra de como “Umbra” promete é “Koma”, a canção que você ouve no vídeo abaixo. Segundo Elson Barbosa, baixista, “(essa música) a gente levou pra um lado bem krautrock. O mais legal é que o riff é do Sacha, e ele não manja de krautrock. No momento que ele levou pro ensaio, na hora saquei a ideia, fizemos essa levada redondinha e a música tava pronta. Não parece com nada que a gente fez antes, é quase pop perto das outras, e é uma das nossas favoritas”.

Vai ser uma das suas também.

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