INTERPOL NA CLASH CLUB – COMO FOI

É raro esse tipo de possibilidade de comparação. O Interpol tocou sábado no Planeta Terra, pra 20 mil pessoas esperando o Beady Eye ou o Strokes, bastante deslocado, e no dia seguinte, na Clash Club, pra 600 pessoas.

Tem razão quem diz que a banda ficaria mais à vontade num show só dela, pra um público só dela, pois foi o que se viu. E fez uma enorme diferença.

O Interpol não só parecia mais à vontade (o que no caso dos estadunidenses não é muita coisa), como o público estava mais quente. Houve, como esperado, sinergia total, recompensada com um set mais longo (quatro músicas a mais) e com o um resultado final estampado no suor e nos sorrisos dos presentes.

O que faz o Interpol ser uma banda assim tão especial pra essa gente que lotou a Clash Club, num domingo à noite, talvez seja o fato de que a música está em primeiro plano, a despeito dela não ser exatamente um poço de originalidade e do uniforme bem cortado que os integrantes exibem há uma década. A audiência canta quase o repertório inteiro a plenos pulmões e num clube pequeno isso tem o seu impacto.

“Sucess” abriu a pendenga e, logo de cara, já deu pra perceber que seria uma noite fervente: a massa pulava e pulava. “Narc” é sempre certeira e “Barricade”, uma das boas do mais recente disco, homônimo, com jeitão de hit, escapa um pouco do aspecto soturno. “Rest My Chemistry” é uma “lentinha com peso” e é essa que vai ficar na cabeça (intercalando, mais uma vez, com “Slow Hands”).

O trunfo dessa apresentação, porém, estava no bis. A inclusão de “NYC”, um dos símbolos do Interpol, causou um “frio na espinha” coletivo. Um transe em pleno clímax de um show. Não é algo comum de se ver, no momento em que espera-se o nível máximo de adrenalina. Mas não, “it’s up to me now, turn on the bright lights”, canta Paul Banks, avisando que com eles é um tanto diferente.

Sim, quando depende só do Interpol, a coisa realmente funciona.

Em resumo, é como a banda versa na exuberante peça gótica “Evil”: “why can’t we look the other way?”. Quem teve a oportunidade de ir aos dois shows, pôde comparar e ver o Interpol de outra maneira. Deveria ser sempre assim.

01. Success
02. Say Hello To The Angels
03. Narc
04. Hands Away
05. Barricade
06. Rest My Chemistry
07. C’mere
08. The New
09. Evil
10. Lights
11. Leif Erikson
12. The Heinrich Maneuver
13. Take You On A Cruise
14. Memory Serves
15. Slow Hands
16. Not Even Jail

BIS
17. Specialist
18. NYC
19. Obstacle 1

“Sucess”

“Rest My Chemistry”

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Comentários

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6 comentários

  1. Eu estive nesse show do Interpol, no Clash Club e relamente, foi incrivel!!!! Os caras estavam afinados e tudo foi muito bom.
    Curti demais!!!!

  2. Foi realmente incrivel o show deles. Não pude ver no Festival Terra, mas era de imaginar que na Clash seria melhor.

    O publico tava muito animado, e eles pareciam bem felizes (alias, Paul Banks rindo foi d+).

    Bom, oq fazer com a saudade desse domingo?

  3. Eu estava lá, e pra mim a maior surpresa do público foi que tocaram Specialist. Ninguém esperava, muito menos na volta do bis. Foi sensacional!

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