NOUVELLE VAGUE E O PRIMEIRO SHOW EM SÃO PAULO (2010)

A apresentação começou 50 minutos depois do previsto e o público, lotando completamente a Clash, em São Paulo, estava um tanto impaciente. Mas uma voz doce, dando boa noite em francês, faz muitos sorrisos aparecerem naquele aperto. O show vai começar.

O Nouvelle Vague é uma banda um tanto estranha. É cover, mas tem charme. É cover, mas não é caça-níqueis e sem criatividade. Como explicar o que a separa de bandas-tributo que volta e meia aparecem por aí, entre jovens bem de vida, que fazem da música um hobby?

A resposta pode estar nos shows – e na palavra charme (e sexy?). O Nouvelle Vague não é exatamente uma banda-tributo, toca de tudo, e escolhe as melhores músicas, das melhores bandas, não necessariamente pelo apelo comercial (embora haja bastante disso) e transforma a canção em quase outra canção.

Deu pra entender? Senão, como explicar essa versão de “Too Drunk To Fuck”, do Dead Kennedys?, que aparece no disco “Nouvelle Vague”, de 2004? Um espectador, que estava na boca do palco, captou tudo. Já dá pra ter uma ideia de como foi a apresentação:

Quem está em São Paulo, é bom correr pra comprar os ingressos pra segunda-feira, a apresentação-extra que a banda acabou marcando, tala  procura pelo primeiro show. Se eu fosse você, iria. Hojte, tem Rio de Janeiro. Amanhã, Recife.

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