OBSERVER DRIFT – FJORDS

Collin Ward me causou espanto com seu impressionante e gélido primeiro disco, “Corridors”, de 2012 (acabou na lista de melhores do ano do Floga-se). Superar o feito seria bastante difícil – a dita maldição do segundo disco iria chegar. Essa tarefa cabe a este “Fjords”.

O disco lançado nesse dia 31 de maio de 2013, da mesma forma que o anterior, sem apoio de selo ou gravadora alguma, via Bandcamp do artista, mostra um Collin bastante maduro e centrado nas suas aspirações, apesar dos seus pouco mais de vinte anos.

Ele diz: “meus ancestrais da Suécia viveram nos fiordes. Este é meu segundo disco e o título é ‘Fiordes’. De muitas maneiras é diferente do anterior, ‘Corridors’, mas ao mesmo tempo é bem parecido. As influências por trás das canções estão fortemente ligadas às do ‘Corridors’. Os temas ali jamais se apagarão da minha música porque eles influenciaram demais minha vida e eu jamais poderia parar de escrever sobre eles. ‘Fjords’ é sobre crescer e mudar. Explorar o inexplorado e assumir mais riscos. (…) Eu poderia tentar dizer sobre o que é cada canção e o que de fato as inspiraram, mas é algo que nem eu mesmo sei direito. Escrevi todas as músicas da forma que elas surgiram pra mim, sem parar pra perguntar o significado delas. Dito isso, talvez você possa ajudar-me a relevar os significados delas, ouvindo e descobrindo você mesmo uma explicação própria. Gostaria que elas significassem algo pra você da mesma forma que significam pra mim”.

Collin faz tudo num disco: escreve as músicas, toca os instrumentos, grava e manda pra um amigo mixar e masterizar (aqui, não creditado). Tudo em casa, com a ajuda de um pequeno estúdio montado pela família. Sim, ele ainda mora com a família e até outro dia estava no colégio.

“Fjords” tem realmente a mesma cara de “Corridors”, mas é um tanto mais alegre, apesar do nome. Curiosamente, uma das melhores canções é uma das mais tristes, “Never Strangers”. Mas é bom ouvir tudo com atenção. O Observer Drift merece:

O garoto Ward conseguiu enfrentar muito bem o rito de passagem pelo segundo disco. Espero que o mundo inteiro perceba isso.

01. Machine
02. Sporting Chance
03. Azimuth
04. Riptide
05. Fjords
06. Marina
07. Lingonberry
08. Never Strangers
09. Mirror Image
10. Binary Love
11. Parallel Place
12. Up In Arms
13. Gnarly Crunch

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