OUÇA: MAQUINAS – ZOLPIDEM

maquinas (assim tudo, em minúsculas e sem acento) é uma banda de Fortaleza, que citamos na primeira parte dos “50 Discos Brasileiros de 2014 Pra Ouvir De Graça”. Fez um ótimo EP de três músicas ano passado, e está preparando o primeiro disco cheio ainda pra 2015.

O primeiro gostinho desse disco é “Zolpidem”, música de mais de nove minutos que é fruto também da nova formação do quarteto, com as saídas de Eric Catunda (guitarra) e Tomas Dahas (bateria) e as entradas de Samuel Carvalho (guitarra) e Ricardo Guilherme (bateria), o que deu à banda um sentido mais coletivo.

Allan Dias (baixo, que divide o vocal e a guitarra com Roberto Borges) contou ao Floga-se sobre essas mudanças: “Samuel vem tipo contribuindo bastante na banda, ele está compondo também, põe o seu material e ele já era um grande amigo da gente, que curtia as mesmas coisas que a gente, daí quando a gente soube que ele tocava guitarra, foi a primeira pessoa que pensamos; inclusive, ele quem canta nessa música… O Ricardo Guilherme entrou recentemente e também tá contribuindo bastante, deu uma nova cara na bateria da banda, mais variada e tudo o mais”.

Os dois incluíram experiências próprias nas composições. “Zolpidem”, por exemplo, é um remédio indutor de sono, pra quem sofre de insônia, algo que Samuel estava tomando: “a letra vem das experiências do dele com o remédio, só que ao mesmo tempo esses remédios podem dar um certo tipo de ‘alucinação’, ou dar uma trip mesmo (ri), e rola muito a sensação de sonhar lúcido, de você estar acordando, mas achar que tudo aquilo é um sonho, e vice-e-versa”, conta Allan.

O resultado dessas experiências é uma sonoridade mais reflexiva, menos ruídos e mais climas: “acho que é nesse sentido mesmo, tem mais clima, mais ambiente do que as musicas do primeiro EP; acho que ela se compara mais com ‘Elevador’ em questão de dinâmica. Mas, pra uma questão de tag, acho que ela vai desde um shoegaze mais suave até um emo 90’s, até incorporando um pouco de post-hardcore; na época, a gente tava tocando muitos rifes inspirados também em Unwound e Chokebore”.

O disco, que ainda não tem nome e nem terminou de ser gravado, vai ser lançado, se tudo der certo, ainda em 2015.

O single ainda conta com um remix bem interessante de “Theresa”, faixa do EP, por conta do projeto img1111, também de Fortaleza. A faixa ganhou uma aura dark, meio Section 25, meio Pink Industry. Vale ouvir.

A produção é da própria banda. A faixa foi gravada no Mocker Studio, na capital cearense e a mixage e masterização é de Igor Miná

Aqui, você escuta na íntegra:

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