Esqueça a Björk solo, se puder. Eu acho que você deve. Depois do Sugarcubes, eis a banda mais bacana a pipocar pra além do latifúndio vulcânico que é a Islândia. Não vai ser mais famosa que o Eyjafjallajoekull, nem fazer tanto barulho, mas merece a sua atenção.
Prince Polo é um chocolate em barra de origem polonesa. É vendido também na Eslováquia, Hungria, Lituânia, Ucrânia e… Islândia. E é um fenômeno.
Há quem diga que o Prinspóló, a banda, tem seu nome em homenagem à guloseima, mas não sei ao certo, sinceramente, embora as letras, se o meu islandês não me falha, versem sobre comida e arranhem umas poesias abstratas (quer dizer, acho que pra todo brasileiro, qualquer coisa em islandês é abstrato, mas vá lá…).
A banda é liderada por Svavar Pétur Eysteinsson, um cidadão de fino trato, que tem longa carreira no underground islandês (não ria, por favor). Ele vem de Breiðholt (um subúrbio de Reykjavík – pra quem não sabe, a capital da Islândia). Com ele estão Lóa, Kristján e Loji.
No último dia 10 de novembro, o Prinspóló lançou seu primeiro disco, chamado “Jukk”, pela Kimi Records, gravadora e distribuidora local. O disco inteiro você pode ouvir no site oficial da banda, de graça, clicando aqui – mas não sei por quanto tempo.
O que você vai encontrar é um som cru, com guitarras de poucos efeitos, violões, às vezes lento, às vezes dançante, algo familiar… Se fosse em português não tardaria a cair no gosto da indianidade brasileira.
O disco abre bem com climática “Mjaðmir” (“quadris”, em brasileiro), com aquele “ahaaaauuaaa” que gruda na cabeça. Ouça:
Prinspóló – Mjaðmir by flogase
A ótima “Skærlitað Gúmmulaði” segue o mesmo ritmo (e você pode baixar clicando na seta no menu):
“Njótum Afans” (“Vovôs Bacanas”, numa tradução livre) é mais, digamos, folclórica:
É definitivamente algo pra animar o seu dia. Confira o serviço completo, se você quiser se aprofundar e buscar mais da banda:
1. Mjaðmir
2. Skaftfell Special
3. Prinspóló
4. Hakk Og Spaghettí
5. Gítarjukk í B Dúr
6. Skærlitað Gúmmulaði
7. Gæran
8. Njótum Afans
9. Niðrá Strönd
Há um vídeo meio caseiro para “Niðrá Strönd” (“Na Praia”, em brasileiro), pra você ver que dá pra ficar sem camisa na Islândia:
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A propósito, você pode se perguntar o que quer dizer “jukk”. Pois bem, explicação da própria banda: “Jukk é tudo o que não têm uma origem lógica. Jukk é um acontecimento, estado e/ou entidade que todo mundo conhece e tem percebido, mas não pode explicar. Em algum momento tudo é Jukk”. Sacou?
cara, que lingua engraçada! parece que o vinil tá tocando ao contrário…. hahaha
[…] Falei do Prinspóló aqui, quando do lançamento de “Jukk”. […]