REVISITANDO: BLACK FUTURE – EU SOU O RIO (1988)

Lembro bem dessa banda, formada no Rio de Janeiro, em 1984. Tinha o tal Lui, do “Passo do Lui”, do Paralamas do Sucesso, no vocal, além do núcleo Márcio Satanésio Bandeira (vocal e percussão) e Carlos Tantão (teclados e violino). Gravou só um disco, em 1988, “Eu Sou o Rio”, cuja faixa-título é uma pequena pérola a ser (re)descoberta.

É guitarra rasgada com vocal dark, ecoando e declamando, mais do que cantando, uma poesia pretensiosa ao fundo. Pretensiosa, mas bacana, como no caso de “Eu Sou O Rio”. No ritmo, batucada, ou simplesmente uma bateria seca, em segundo plano. É experimentalismo, é industrial com samba, é psicodelia.

O fato é que o Black Future, hoje, parece-me tão bacana quanto naquela época. Envelheceu quase nada. E o disco nem saiu em CD. Só em vinil e deve ser uma raridade daquelas.

Abaixo, segue o serviço do disco, que é possível ser ouvido na totalidade numa página não-oficial criada pra banda no My Space (clique aqui – e vá até “Piada”, pra ouvir a zoeira, a loucura, ou até “No Nights”, pra sacudir um tanto):

Lado A
1. Introdução: A Dança da Chuva
2. Interrupção
3. No Nights
4. Sinfonia Para Um Morto
5. Reflexão
6. Piada

Lado B
1. Eu Sou o Rio
2. Teatro do Horror
3. Cartas do Absurdo
4. Bem Depois
5. Thor e Loki

Seguem mais dois clipes da banda. “Sinfonia Para Um Morto” aumenta a doideira e “Bem Depois” é a pá de cal, com a guitarra zumbindo no ouvido:

Há uma diferença entre ser alvo de saudosismo, ser clássico e ser velho. Esse virou clássico.

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