Esse é um lembrete para quem já criou morcegos em casa ou para quem ia ao Espaço Retrô e afins, no final da década de 80: já comprou seu ingresso pro show do Sisters Of Mercy, amanhã, no Via Funchal, e sábado, no Circo Voador?
“Um alguém” me disse que os ingressos voaram (sem trocadilhos, é claro) e não há mais para estudantes, pelo menos em São Paulo, no Via Funchal. Uma banda velhaca como o Sisters ainda consegue encher o Via Funchal! Há uma explicação lógica para isso: os moleques da época, que tinham entre 15 e vinte e poucos, hoje têm um dinheiro a mais, ganham uma grana em empregos respeitáveis e podem se dar o luxo de pagar R$ 100,00 (a pista, entrada inteira) para ver um show que tem tudo para ser bizarríssimo.
O Sisters of Mercy nunca foi “A” banda. Mas os últimos shows deles, para quem já viu os vídeos, são divertidos à beça. Uma, digamos, auto-piada. Os caras se levam pouco a sério. Mais precisamente Andrew Eldritch, o brincalhão por trás disso tudo.
Os dois primeiros discos são realmente bons, você gostando da sonoridade ou não. “First And Last And Always”, de 1985, é clássico e tem sons como “Walk Away”, “Black Planet” e “Marian”. Já o segundo, “Floodland”, de 1987, com Eldritch acompanhado apenas da baixista Patricia Morrison (o guitarrista Wayne Hussey e o baixista Craig Adams brigaram com Andrew w foram criar o The Mission), causou estranheza, mas vendeu bastante, principalmente nos Estados Unidos, principalmente por causa de músicas como “”Dominio/Mother Russia”, “Lucretia My Reflection”, “This Corrosion”, “Flood I” e “Flood II”. Eles ainda lançamram “Vision Thing”, de 1990, um disco meia-boca, mas que também vendeu bem nos esteites.
Bom mesmo é ouvir as versões matadoras para “Gimme Shelter”, do Rolling Stones, e “1969”, dos Stooges. Sem contar o clássico dos clássicos “Giving Ground”, que saiu sob o nome de Sisterhood, por causa das brigas entre os integrantes do Mission/Sisters of Mercy.
O Sisters é uma daquelas bandas que você acha que não conhece, mas basta um ouvir uma música para dizer “ahhhh, tá!”. Ninguém liga o nome à pessoa.
Eis o senhor Eldritch posando de rockstar em show recente.
É isso. Eu vou lá, dar umas boas risadas e me divertir.