TELEKINESIS

Telecinésia é a alegada capacidade de mover objetos, coisas sólidas, só com a força da mente. Se você tomar uns trecos que sobem pra mente rapidinho, é capaz de você conseguir mover algo, vai saber.

Michael Benjamin Lerner toca bateria e guitarra com as mãos e pés e canta com as cordas vocais. Não se tem notícia de em algum momento ele ter conseguido a proeza de tocar qualquer um desses instrumentos só com a força poderosa de sua mente corrompida pelos tais trecos que deve tomar.

O que se sabe – e se ouve – é o que está na música do TELEKINESIS, sua banda, que é de Seattle, Washington, Esteites.

“Banda” é modo de dizer, porque é ele e somente ele, quando está no estúdio. Ele escreve as letras e as músicas, que ao vivo recebem a força de Chris Staples (guitarra), David Broecker (baixo e guitarra) e Jonie Broecker (baixo e teclados).  Nos canais, está o produtor e amigão, chapa de toda hora, Chris Walla (do Death Cab For Cutie e que também não opera a mesa de som com a mente), grande incentivador da aventura sonora de Lerner, o que responde o porquê da proximidade de ambas as bandas na sonoridade (quem gosta de Weezer também não vai reclamar: é… hã… música de nerd para nerd, sem ofensas).

É possível dizer que o pop aqui apresentado é bastante decente, embora simples e sem inventividade (alguém procura algo mais elaborado?). A banda gravou dois discos, um EP e um CD completo. O primeiro, chamado “Coast Of Carolina”, tinha cinco músicas e já trazia a boa música-título como cartão de visitas. Foi lançado no começo de 2009.

Logo em seguida, em abril de 2009, saiu “Telekinesis!”, pela Merge Records. São músicas de no máximo três minutos, como – dizem – o pop deve ser. O disco começa “Rust”, “Coast Of Carolina” e “Tokyo”, três canções pegajosas, que já valeriam a apreciação, não fosse o que vem mais à frente, como “Calling  All Doctors”, talvez a melhor, e “I Saw Lightning”.

O cidadão parece que se diverte, mesmo se levando mais a sério do que deveria. O que importa é que o cabeção, se não move objetos, faz o ouvinte balançar um tanto, chacoalhar com a música. Talvez seja isso o que mais importa.

Olha o serviço do disco:

01. Rust
02. Coast Of Carolina
03. Tokyo
04. Look To The East
05. Awkward Kisser
06. Foreign Room
07. Great Lakes
08. Imaginary Friend
09. All Of A Sudden
10. Calling All Doctors
11. I Saw Lightning

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Pra ouvir o disco inteiro, vá ao site da Merge, clicando aqui.

Mas agora, vamos aos clipes. Primeiro a pop-das-pop-songs do disco, “Awkward Kisser”:

Agora, “Tokyo”:

Não é uma banda que “veio pra ficar”, até porque depende do temperamento e da mente de Lerner, que sabe-se lá pra onde vai se mover daqui pra frente. O negócio é aproveitar essa pequena pérola e esperar.

No dia 26 de junho de 2009, a banda esteve no sempre surpreendente programa “Morning Becomes Electric” (onde ouvi a banda pela primeira vez), da KCRW, e deu nisso (é um vídeo pra quem tem saco, são quase 36 minutos, mas vale):

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