UPPSALA SOLEMNE

“Somos um casal, vivemos em Buenos Aires e compomos juntos, como hobby, desde novembro de 2009 (…)”.

“Lançamos esse ano um EP chamado ‘Afecto’, e isso é tudo o que existe sobre Upssala Solemne até o momento. É um hobby, mas decidimos levar um pouco mais a sério (…)”.

Essas duas frases, da própria banda, formada por Leonardo Fleck e Cristiane Miranda, brasileiros residentes na Argentina, resumem bem o traçado do Uppsala Solemne até aqui. Mas isso diz pouco.

A dupla lançou pela abnegada Sinewave, de São Paulo, o EP “Afecto”, em 2010, com três músicas belíssimas, tocantes, de arrepiar. E isso diz tudo.

Eu entendo que há bandas que nascem pra fazer música pras massas. Há outras pra criar estilos, atitudes, comportamentos. Há aquelas que mesmo sem querer mudam o mundo. Várias se importam apenas em divertir o ouvinte. Muitas passam desapercebidas pela vida, como a maioria de nós. E entendo que há aquelas que nascem pra encantar. É como uma paixão: você não escolhe, é escolhido.

O Uppsala Solemne está nessa última categoria.

São canções acústicas, quase instrumentais, sensíveis, de contemplação, como a estupenda “Verso Mudo”:

A dupla canta em português e em espanhol, como em “Lo Que Llevo Adentro”. Leonardo é  gaúcho de Novo Hamburgo e Cris é paulistana. “Ela tem formação clássica, toca violino e piano desde pequena. Eu toco guitarra e violão. As letras são minhas e as músicas fazemos juntos, eu ao violão e a Cris ao piano”, resume Leonardo.

Se conheceram em Buenos Aires, em 2009, três anos depois de chegarem à capital portenha. Foi onde se apaixonaram. E foi onde nasceu a Uppsala.

De acordo com Fleck, não foi difícil chegar ao produto final de “Afecto”, título apropriadíssimo do primeiro trabalho: “gravamos essas músicas que estão na  Sinewave em abril, justamente para lançar pela Sinewave. Eu tocava na (banda) Blanched  (os discos estão disponíveis na netlabel), mas hibernarmos no final de 2004 (…). Foi assim que chegamos a eles. Propus lançar um epzinho e, pra nossa sorte, eles toparam”. Assim nasceu a “seriedade” no Uppsala.

Ele completa: “nunca tocamos ao vivo, somente para amigos na comodidade da nossa sala de estar, mas a vontade de fazê-lo é grande, imensa, assim como é grande a vontade de gravar mais”.

Você pode – e deve – baixar de graça o disquinho, pra entender. E torcer para que a banda se “leve um pouco mais a sério”, com mais músicas, shows e afins. Saiam da sala de estar – ou façam do mundo a sua sala de estar! Ouvir o Uppsala Solemne ao vivo deve ser uma delícia.

1. Verso Mudo
2. Lo Que Llevo Adentro
3. Afecto

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