VÍDEO: BRATISLAVA – VERMELHO

A Bratislava está prestes a lançar seu segundo disco, o sucessor de “Carne”, de 2012 (leia o faixa-a-faixa aqui). O disco ainda não tem nome e provavelmente chegará no segundo semestre, segundo Victor Meira, vocalista e baixista: “a gente tá no fim das composições e o começo da pré-produção… já estamos na fase de arranjos de algumas, mas ainda finalizando a estrutura de outras; a vontade é de lançar no segundo semestre, lá pra agosto, setembro.”

Uma prévia do álbum, porém, com a divulgação de “Vermelho”, fez-se necessária por conta de uma coincidência astronômica.

“O que pegou todo mundo de surpresa aqui na banda foi o caráter profético da letra da música, que diz assim: ‘sonhei com um tumor no céu / um mal terrível, bonito e vermelho / que nascia antes do sol’. Já vínhamos trabalhando nesse material, mas na última sexta-feira (dia 11 de abril de 2014), vi uma notícia sobre a ‘blood moon’ (leia matéria aqui). É uma parada que ocorre de tanto em tantos anos, quando acontece um alinhamento específico dos astros, e a lua aparece vermelhona no céu. Escrevi a letra depois de um sonho que tive em janeiro. A coincidência deixou todo mundo da banda perplexo, e o material que ia ser lançado no começo de maio teve que ser lançado agora”, conta Victor.

O sonho se materializou em forma de música e a tal coincidência é a mola propulsora. Mas no vídeo abaixo, por Cyro Vieira, não há lua, não há espaço sideral. Há a banda no estúdio Family Mob, durante o Converse Rubber Tracks, muito bem fotografado e editado. Victor diz: “o ‘boooooom’ na minha cabeça rolou quando eu fiquei sabendo que íamos terminar a edição do vídeo (a mix do som já está pronta desde o começo do mês) bem na semana em que o evento descrito na letra iria rolar”.

“Vermelho” tem Matschulat na mixagem, produtor que trabalha com Victor no projeto Godasadog. A faixa namora com os anos 80 que fizeram do U2 uma banda cultuada (de “Boy”, 1980, a “Under A Blood Red Sky”, 1984 – outra coincidência?), ampliando o espectro de percepções da música da Bratislava: “o ‘Carne’ é um disco com um bilhão de influências, a linha é sempre imprecisa… quem escuta a onda meio ciganada de ‘Curandeiro de Velhos Perdidos’ e de ‘Ladrão de Trem’ lembra de Gogol Bordello… Num festival de bandas, alguém uma vez falou pra a gente, “pô, legal o som de vocês, eu me amarro em ska, e aí tem a música-tema do disco, que é uma instrumental mais pesada, ‘Aconchego’ que vai numa linha mais etérea/melódica”, se diverte Victor.

Realmente, tudo se liga de alguma forma, coincidências ou não. Com “Vermelho”, a Bratislava mostra um dos muitos caminhos que o ouvinte pode seguir pelo próximo trabalho.

Veja o vídeo:

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