VIVIAN GIRLS

O disco de estréia tem 10 músicas e todas juntas dão pouco menos de 22 minutos. A banda é um trio, de Nova Iorque, só de garotas, girando nos vinte anos. O tal disco saiu pelo selo minúsculo Mauled By Tigers, com apenas 500 cópias. Dias depois, o trabalho era vendido no eBay por até 100 dólares. Era um LP e não um CD. Só que foi em julho de 2008. Agora, no começo de agosto, sai nova tiragem, pela Red Records, com mais de 1000 cópias. Pouco, diante de tanto disse-disse.

As músicas têm, na maioria menos de dois minutos. “Tell The World”, o “hit” (não dá nem pra chamar assim), é exceção, junto com “Where Do You Run To”, ambas com mais de três minutos. São rápidas no gatilho as meninas: Cassie Ramone, Kickball Katy e Ali, nomes-homenagem, obviamente.

Em novembro, até agora, são onze datas tomadas para shows nos Esteites; e, em dezembro, vagando pela Inglaterra, outras onze. Talvez até na véspera de Natal, um desejo das moças! O ritmo vem forte desde o começo de 2008 (em agosto, foram 17 shows), com média de 15 datas por mês. Os lugares são minúsculos, é claro: pequenos bares e clubes, porém, em cidades importantes.

Essas são as VIVIAN GIRLS, uma banda que pode estar sofrendo aquele hype localizado e que não se sabe quanto tempo dura. Pode ser até o fim do (nosso) verão, pode ser mais. O disco de estréia, homônimo, é simplesmente um achado. Uma mistura de My Bloody Valentine (por volta de “Ecstasy & Wine”), com Vaselines e Shangri-Las, e boas pitadas de punk. O som é sujo, maltratado propositadamente. Parece que elas estão tocando na garagem de casa – e talvez estejam mesmo. Os instrumentos se embolam e o bolo de som fica bastante atraente. É pobre, puro, bom demais.

Ouça, por exemplo, “All The Time”, de 1’57”, que abre o disco, e “Wild Eyes”, de 1’54” (ah, mais não ouse pular “Such A Joke”, de 1’43”), se você gosta da fase do My Bloody citada.

O nome da banda foi tirado de “In The Realms of The Unreal”, do escritor e pintor americano Henry Darger, referindo-se às sete irmãs protagonistas do livro de ficção de mais de 30 mil páginas (muitas delas escritas à mão!). Doido inspira doidas. Maravilha.

Para achar o disco, é fácil. Então ache. Vale. Olha o serviço:

01. All The Time
02. Such A Joke
03. Wild Eyes
04. Going Insane
05. Tell The World
06. Where Do You Run To
07. Damaged
08. No
09. Never See Me Again
10. I Believe in Nothing

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Abaixo, tem o impagável clipe de “Tell The World”. Imperdível.

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