A VOLTA DO STONE ROSES

“I am the resurrection and I am the life/I couldn’t ever bring myself/To hate you as I’d like”. “Eu sou a ressurreição e eu sou a vida”, canta Ian Brown na épica “I’m Am The Resurrection”, que encerra o primeiro disco do Stone Roses, de 1989 (na versão original).

O Stone Roses está de volta, quase vinte anos depois, pra dois shows em Manchester, Inglaterra (Manchester’s Heaton Park, dias 29 e 30 de junho de 2012), e uma turnê mundial que se seguirá, podendo chegar ao Brasil. O Stone Roses original, com Ian Brown (vocal), John Squire (guitarra), Mani (baixo) e Reni (bateria).

Está de volta, mas não pra nos “odiar do jeito que gostaria”, e sim pra ser amado, tirar o pó do desejo de meio mundo (com pelo menos 30 anos) de ver uma das bandas mais importantes da história – e, claro, encher os bolsos. “I Wanna Be Adored” é um mantra…

Ouça “I Wanna Be Adored”:

Depois de dezenas de boatos ao longo de dez anos, a verdade bateu na nossa cara. Um pouco de dinheiro a mais colocou o orgulho dos marrentos Brown e Squire goela abaixo e o fato se tornou realidade. O que você tem a ganhar com isso? A oportunidade de ver a banda que praticamente inventou o britpop (“praticamente” porque é discutível), que Oasis, Suede, Charlatans, Blur e afins pagam tributo, além de uma dezena de bandas dos 2000, que bebem na mesma mistura de guitarras e batidas dançantes e lisérgicas.

O quarteto lançou apenas dois discos, o primeiro, homônimo, de 1989; e o segundo, “Second Coming”, um parto que demorou cinco anos pra chegar ao mercado, em 1994, pela gigante Geffen Records, que nascia por aqueles tempos, levando à implosão da banda. Ambos são impecáveis. Ambos são obrigatórios.

Na sequência, um amontoado de discos de remixes, coletâneas e afins. A banda deixou pouco material pra ser explorado.

Agora, isso pode mudar. Além dos shows, há boatos de que o Stone Roses está preparando material novo. Há quem torça o nariz pra algo que pode macular a história da banda. Chegariam eles ao nível do que já foi produzido? Ian Brown, ao menos, teve uma carreira solo nada dispensável, com picos de criatividade louváveis. É de se pensar.

Por enquanto, o que você pode fazer é comemorar. E se não conhece o Stone Roses, busque, chafurde. A história ressurgiu pra você fazer parte dela.

Ouça “I Am The Resurrection”:

Abaixo, os dois vídeos da coletiva de imprensa que anunciou o retorno da banda (em inglês):
Parte 1

Parte 2

Leia mais:

Comentários

comentários

6 comentários

  1. Mas até a foto é igual a da publicação da folha de sp, haha!!
    Sacanagem ta em todos os blog do gênero, comunidades do Facebook li a respeito até naquele site letras traduzidas, escrevi um post ontem de manhã e deixei como rascunho para publicar a noite para poder colocar uns vídeos, quando cheguei em casa a noticia já era motivo de stress, pois ninguém mais agüentava falar a respeito.
    Eee Internet!

  2. No começo deste ano voltei a escutar o disco de 1989 dos caras.Conheçi os Stone Roses em 1994 quando tinha 12 anos e era uma das poucas bandas inglesas que ouvia ;a época , o grunge e bandas como Sonic Youth e Pixies faziam mais a minha cabeça ( e acho que continuam fazendo )que o Brit-pop.O fato mais interessante na volta dos Stone Roses é a banda poder voltar com sua formação original completa, com o Mani e todos mais.

  3. Relaxa Fernando por ser um texto cada pode interpretar de um jeito mesmo, o importante é que os caras estão de volta e podemos alimentar a esperança de que eles queiram pegar uma grana do povo do Brasil tbm e bora torcer para o Ride fazer o mesmo né rs

    Abraço

    Leandro,

    Eu tbm escutei os caras pela primeira vez por essas bandas de 1994, mas o que eu nunca vou esquecer e juro que é verdade foi uma chamada que deram em uma radio na época do lançamento do 1º disco onde o cara me falou que a banda foi formada por rapazes que gostavam de escutar Rolling Stones e Guns & Roses.

    Ta certo que não tínhamos internet na época as fontes eram revistas como a Bizz, Dynamite, Rock Press, etc mas não precisava esculachar né rs

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