BLACK POLYGONS – BLACK POLYGONS

É curioso ouvir o BLACK POLYGONS, pronto pra babar ovo em cima, sabendo que temos Gimu por aqui. Mas Cyril Rampal, um francês que se tranca no seu quarto pra criar música experimental, ambiente, reflexiva, psicodélica, tem bastante méritos e vale os elogios. É ele a mente do Black Polygons (a dica é do Shoegazer Alive).

O projeto surgiu em 2011, com o primeiro EP, chamado “Black Polygons”. Três músicas apenas – e bastante psicodélicas (“Chrome”, acredite, te remete um tanto a Spacemen 3, embora Rampal não tenha nada de guitarras). É possível ouvir na íntegra no Bandcamp.

No começo de 2012, em janeiro, saiu o primeiro disco, também auto-intitulado. Rampal parece focar naquela fase em que o Kraftwerk também engatinhava, nos primeiros anos dos 1970 (antes de “Autobahn”, 1974). São experiências eletrônicas e climáticas repetitivas que hipnotizam o ouvinte. Por vezes, como em “Prism” e em “Symmetry” (termo apropriado, aliás, pra descrever seu som), há uma bateria que pode-se levar ao Radiohead – mas é bem uma forçadinha de barra da minha parte.

O bacana é perceber que Rampal sabe o limite de suas experiências. As canções não passam de três minutos nunca – até hoje, pelo menos, porque ele produz numa velocidade grande e isso pode mudar, nunca se sabe: já há um interessante novo EP, chamado “Landscape”, também com três músicas e já com algo diferente, chiados de vinil e harmonias “mais épicas”.

Pra quem gosta de ambiências, o Black Polygons é uma ótima dica. Música de fundo ou pra viajar.

Esse é “Black Polygon”, o disco:
01. Symmetry
02. Spots
03. Outlines
04. Prism
05. Catwalk
06. Frames
07. Dark Grey
08. Spaces
09. Spiral
10. Snippet
11. Empire
12. Flavor
13. Fadeout

A capa do disco é a que ilustra este post. Pra ouvir na íntegra, é aqui:

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