CRETINA


Fotos: Valda Nogueira

Paulo Igor, Letícia Lopes e Erick Renato formam o CRETINA, trio-porrada, sem frescuras, que nasceu em 2009, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Sonic Youth, Pavement, Nirvana, Guided By Voices… Tá tudo na conta, mas o maior combustível nem são as influências dessas bandas: é a energia.

O Cretina faz shows apoteóticos, explosivos, daqueles pra suar a alma – e finalmente vai colocar tudo isso em disco. O trio lançará dia 23 de setembro próximo o primeiro disco, “Babilônia Moderninha”, via – advinha? – Transfusão Noise Records, do mestre Lê Almeida.

Como prévia do disco, a banda divulgou o primeiro single, “Doçura”, uma pancada de pouco mais de dois minutos, pra ouvir na altura dos limites dos tímpanos.

Tudo começou com Paulo Igor. Ele ficou um bom tempo procurando a formação que considerava ideal pra banda, “mas ninguém acreditava muito (no projeto)”. Ele até achou duas meninas, mas elas não compartilhavam do mesmo gosto musical. Aí, em 2009, já com Erick Renato na bateria, durante um show, sentiu alguém puxando sua perna. Era Letícia, endoidada com o som e já intimando-o que seria a baixista da banda.

“Ela disse tocava guitarra, mas que comigo tocaria baixo”, diz Igor. “Fiquei surpreso, pois passei anos procurando uma baixista (ri), e fiquei mais surpreso quando descobri que além de ela tocar bem, tem os mesmos gostos musicais que eu”. Letícia é a mais endemoniada no palco.

Os três estão na casa dos vinte anos (Erick tem 22; Letícia, 28; e Igor, 26) e essa comunhão de gostos faz diferença, não só na hora de criar, mas pra encarar tudo como a diversão que deve ser, com a explosão de vontade que o público merece ver no palco. E, talvez, aí esteja a fonte de tanta energia.

Sobre “Doçura”, o primeiro single oficial do Cretina, Paulo Igor conta uma “cretinagem”: “é uma música que fiz após me envolver com a ex-namorada de um amigo… Quer dizer, ex-amigo… Ele não fala mais comigo. Fala de um lance meio que proibido”. Detalhe: a garota em questão, hoje, é a namorada de Igor, que ri quando questionado se valeu a pena a cretinagem: “com certeza…”.

Com tudo isso, Igor define a banda como “algo junkie, que tenta soar alternativa, mas ao mesmo tempo comercial”. Uma definição no alvo.

Ouça “Doçura”:

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