FLOGA-SE NO ESTÚDIO COM TRANSMISSION

O dia 21 de junho de 2011 foi especial pra Stefano (guitarra e voz), Giana (guitarra e voz), Carol (baixo) e Felipe (bateria). E foi de muita responsa. À noite, diante de uma plateia seleta, em festa fechada da marca Puma, a Transmission, o alter-ego musical deles, iria abrir pro ultra-mega-super-hypado Yuck – e aproveitar a ocasião pra gravar trechos do seu próximo clipe, de “Take Off”.

Os ingleses são tidos hoje (ou naquele momento) como a grande banda do cenário alternativo. Hypagem total e irrestrita. Oportunidade única pra uma banda alternativa brasileira aparecer. Mas essa história completa vou contar mais pra frente, de um jeito especial…

Era uma semana curta, estrangulada pelo feriadão de Corpus Christi, e por isso mesmo muito corrida pra todos (os quatro integrantes da banda trabalham, tem lá suas responsabilidades profissionais e o show e a vinda pra São Paulo simplesmente aniquilou a semana por completo).

A Transmission chegou a São Paulo na segunda-feira, dia 20 de junho. Fui pegá-los em Guarulhos e a programação era levar a banda diretamente pro Estúdio Produssom, na Teodoro Sampaio, em Pinheiros, um dos maiores da cidade. O quarteto queria ensaiar bem pra corresponder no dia seguinte. A ansiedade era compreensível.

Assim, durante quatro horas, a Transmission passou as músicas que viriam a ser apresentadas diante dos fãs do Yuck (o set completo você pode ouvir e baixar aqui), incluindo “Trauma”, que fechou o show: ela foi composta há anos, porém não aparece em nenhum dos dois EPs dos gaúchos, apenas em apresentações ao vivo (é conhecida dos fãs).

O Floga-se acompanhou a banda nesse ensaio. A ideia aqui era bem simples: ser um observador, não interferir e captar tudo com a mesma imprecisão de quem está se acertando pra tocar, pegando ruídos, sons estourados que vão se ajeitando aos poucos, de acordo com a posição que a câmera está naquele momento e de acordo com o que a banda vai definindo como ideal. É o que se ouve num ensaio, enfim.

E, além disso, a intenção é mostrar a banda em ação, um pouco de sua intimidade (porque na música, os erros são coisa de intimidade), o esforço, a habilidade, o talento e a disposição de quem estava perto de um desafio grandioso: os olhos da imprensa musical nacional estariam voltados também pro quarteto.

A Transmission fez bonito no dia seguinte, no Puma Social Club (leia a resenha do show aqui), daí a tensão passou, os dias se encarregaram de tornar tudo história e o resultado de todo esforço ainda não pode ser medido.

Só que isso é o menos importante, porque a banda passou em São Paulo dois dias intensos, o que tornou a experiência inesquecível: os quatro tocaram, se divertiram, tomaram umas e outras e mostraram seu trabalho pra um público inimaginável nas condições normais de temperatura e pressão.

Os vídeos aqui publicados são só uma pequena parte dessa experiência. As consequências e os ganhos com ela não são mensuráveis.

Whatever

3/4

Trauma

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