OUÇA: TINDERSTICKS – YOU’LL HAVE TO SCREAM LOUDER

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O Tindersticks lançou nesta segunda-feira, 7 de dezembro de 2020, um novo single, que na verdade é uma versão de “You’ll Have To Scream Louder”, do The Television Personalities. Mas há boas novas pra além disso.

Só que deixou o anúncio nas palavras do próprio Stuart A. Staples: “um novo álbum a caminho, se chama ‘Distractions’ e estamos muito animados com isso. Mais detalhes virão no ano novo, mas, enquanto isso, aqui está a primeira música – uma versão de ‘You’ll Have To Scream Louder’ do The Television Personalities”.

Staples se refere à banda do propositalmente desafinado Dan Treacy, que ainda está ativa depois de voltar a lançar discos em 2006. A versão do Tindersticks é pra canção que está no disco “The Painted Word”, de 1984, o quarto do grupo.

Staples deu um toque bastante Tindersticks à música, que já é ótima – ouça a original aqui e a versão mais abaixo:

Ele segue, dizendo como a pandemia complicou o processo: “o final de maio, o início de junho de 2020 foi uma época agitada e raivosa pra muitos de nós. Havia uma agitação crescente dentro de mim. Acordei em uma manhã de sábado sem planos, mas apenas essa porra de música do Television Personalities rodando na minha cabeça, me empurrou pro estúdio. 4 ou 5 horas depois eu tinha feito a base desta gravação, embora eu tivesse que esperar por janelas de oportunidade dentro de nosso confinamento pra trabalhar com a banda pra concluí-la”.

“Eu adoro os TVPs desde que comprei o Bill Grundy EP (ele refere-se ao EP ‘Where’s Bill Grundy Now?’, de 1978 – Bill Grundy, vale lembrar, foi o apresentador de televisão que fez chapado uma entrevista notória, em 1976, com o Sex Pistols, cheia de palavrões e impropérios), com a capa fotocopiada em uma de minhas viagens regulares depois do ônibus escolar pra loja de discos da Virgin em um porão na King Street, Nottingham”.

“Alguns anos depois, em 1984, eu estava morando no décimo sétimo andar de um apartamento do Victoria Centre, que balançava ao vento. Eu estava trabalhando alguns dias em uma loja de discos local e ‘The Painted Word’ foi lançado. Virou a trilha sonora daquela semi-favela daquela época. Eu tinha 19 anos. Para ser jovem no início dos anos 1980, havia muito o que ficar zangado, batalhas a serem travadas – (Margaret) Thatcher (ex-primeira ministra ultra conservadora inglesa), injustiça racial e de gênero – e (uma das motivações pra esta música) desarmamento nuclear. Embora possamos não ter pensado que essas batalhas algum dia foram vencidas, acreditamos que ajudamos a empurrar as coisas em uma direção diferente, que mudanças foram feitas. Na primavera de 2020, foi dolorosamente demonstrado que essas batalhas estão em andamento”, ele escreveu.

Aqui a bela versão:

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