PENSE OU DANCE: NÃO ME CHAME DE INDIE

Na década de oitenta, era um elogio, algo pra definir um militante contra o sistema dominante das rádios e paradas de sucesso. Ser independente naquele tempo era usar em parte a metodologia que o punk popularizou, do faça-você-mesmo, sem esperar ajuda de grandes empresas e sem depender dos conglomerados de rádio e televisão pra difusão da música. Era uma ideia bacana.

Surgiram dezenas de pequenas gravadoras e bandas que levavam a ideia a cabo e usavam as college radios e fanzines e pequenas publicações pra divulgação, e minúsculas casas de shows pra apresentações. Coincidentemente, o estilo era parecido em muitas delas: um rock melódico, baseado em guitarras, que podia extrapolar o gosto vigente e experimentar mais, com distorções, ruídos, estruturas musicais que fugissem do padrão estrofe-estrofe-refrão-solo-estrofe (embora na prática, o punk, o metal e até o rap podiam ser independnetes).

Sonic Youth (na Neutral e na Enigma), REM (na I.R.S.), Dinosaur Jr. (na SST), The Jesus & Mary Chain (na Blanco Y Negro), New Order (na Factory), The Smiths (na Rough Trade), The Fall (na Beggars Banquet), Pixies (na 4AD), Nirvana (na Sub Pop) e uma lista de fato enorme, naquela época, eram independentes. Muitos desses selos se associaram a grandes gravadoras pra distribuição de seus catálogos e ainda lançam bandas, mas num esquema bem mais profissional.

Todos eles conseguiram seu espaço. Mas foi na raça, no peito, no coração e na coragem. Era como dizer: “não me dão espaço, arrumo o meu”.

Ouça “Never Understand”, Jesus & Mary Chain:

O tempo passou e o público foi se acostumando com a sonoridade dessas bandas, do catálogo desses e de outros selos e o termo “indie” passou a ser ligado diretamente ao estilo de música, o que já era errôneo, mas aceitável, no momento em que não se encaixava ainda no topo das paradas e não se tratava de um movimento orquestrado. A maioria dessas bandas dos anos oitenta conseguiu ganhar um bom público e levantar uma grana considerável, afinal de contas.

Então, veja, elas já não precisavam conseguir nada na marra. A década de noventa, já com o chão pavimentado, foi pra colher os frutos e se acomodar no lugar da história da música. As dificuldades é que as uniram de alguma forma, que as colocaram no mesmo patamar de insatisfação, de lutar por espaço, na porrada. Quem quer muito alguma coisa, e não a tem, precisa se rebelar, gritar, falar mais alto, fazer algo diferente, ou lamber botas e ser mais um no meio de tantos.

Os selos independentes corriam paralelamente, na década de noventa, como “fomentadores de novos talentos” – eram um braço das grandes gravadoras pra isso. E existem até hoje na mesma medida. Continuam independentes, mas faturam bem com essa estampa de independência. Porém, ser independente já não requer tanto culhão assim. Porque ser “indie” hoje em dia virou outra coisa – já não é alternativa a nada.

Pelo contrário. De Strokes pra cá, coincidentemente com a popularização da Internet, a coisa virou uma grife pra abobalhados e bullynizados na escola acharem seu espaço. Surgiram, eis, os indies festivos. Eles continuam gostando de bandas e músicas que não estão necessariamente nas paradas. Mas gostariam que estivessem. Tratam suas bandas preferidas com uma paixão de torcida organizada, como fanzocas ensandecidas. Se vestem todos iguais e, curiosamente, adoram festas coloridas e têm aversão a, ou preguiça de, conhecer músicas novas.

Hoje, são de fácil identificação: são os que tratam Strokes, Franz Ferdinand, Killers, Arctic Monkeys, Arcade Fire, Wilco e afins como clássicos intocáveis, acima de bem e do mal. Nas roupas, óculos de aro preto, tênis (ou sapatênis) coloridos, camisetas dessas bandas, cabelos desgarrados, pele ausente do contato com o sol e quase nenhuma preocupação com a limpeza.

Mas nada disso incomoda. O que pega é o discurso politicamente correto. São todos militantes de Internet. Adoram marchas disso e daquilo. Mas só pelas redes sociais. Se tiver que sair à rua, é trabalho demais. E pode ter polícia no meio, sabe como é. São donos da verdade e recusam tudo o que é novo, a não ser que algumas assessorias de imprensa ou blogues e sites digam o contrário, digam “pode experimentar”.

Vídeo de “Talk About The Passion”, REM:

Suas bandeiras são defendidas em festas, em clubinhos. São daqueles que se indignam com tal artista ter ganho ou não o VMB ou o Grammy, mas não fazem ideia dos motivos pelos quais a Europa chafurda numa crise preocupante. São apolíticos, a não ser que a causa renda uma boa baladinha. Fogem de qualquer confronto, de qualquer discussão.

Discussão é bate-boca sem sentido e quem leva adiante algum argumento a mais pode ser tachado de chato, a ficar procurando eternamente a sua alça por aí. A paciência dos indies festivos é pouca. Como nas redes sociais, pode ter a extensão de 140 caracteres.

A todos eles falta o culhão de reverberar contra qualquer coisa longe do conforto do lar.

Por isso, não me chame de indie: não visto essas roupas, gosto de ser do contra e gosto de discutir, argumentar até o fim. Confrontamento é uma das diversões mais bacanas que conheço.

Não me chame de indie: não dou a mínima a esses prêmios de MTV, Grammy ou o que quer que seja. Tento me guiar por outros parâmetros, talvez não tão elevados. E posso estar errado, só que pra me convencer disso é preciso argumentar, falar, discutir até cansar.

Não me chame de indie: não acho que gostar de Lady Gaga, Beyoncé e afins me faça mais descolado. A roupa da flexibilidade musical que visto é outra. Essas novas Madonnas aí são cópias de algo que já não cheirava bem quando a Madonna verdadeira estava no auge. E estão longe de serem independentes. Elas tocam nas noitadas dos indies festivos – e, acredite, fazem muito mais sucesso que as adoradas bandas deles.

Não me chame de indie: não engulo essa leva baixoaugustiana, de Jenecis, Criolos, Petits e subgêneros. Não pelos artistas em si – cada um faz o que melhor lhe apraz como arte – mas pelo modo como são vendidos, resenhados e aclamados. A elevação artística deles se torna ilógica pela falta de argumento, mas ganham sedimento nas dezenas de tuítes e adjetivos rasos. Afinal, nós gostamos ou desgostamos desses caras por qual motivo mesmo?

Não me chame de indie: sou um saudosista que procura olhar pro futuro. Adoro anos oitenta, noventa e dois mil. Respeito quem aprecia os sessenta e setenta. Quanto mais ampla a visão melhor. Não finco estaca no terreno desse ou naquele gênero, muito menos no de determinado artista. É bom olhar o passado pra entender o presente, analisar o hoje, e se empolgar com o futuro. Bandas novas surgem todos os dias, mas elas são destruídas com a mesma velocidade que os indies festivos a elevam ao altar. O que é neo-bom dura apenas dez minutos, menos que a fama predita por Warhol. É bom amadurecer essas músicas, bandas e álbuns, mas a eles o tempo não permite tal exercício – a não ser que digam pra fazê-lo.

Veja o vídeo de “Star Power”, Sonic Youth:

Indie, ao pé da letra, precisa ter independência de pensamento, de atitude, de postura, pra gritar, se rebelar ou até mesmo aceitar. Mas indie virou uma marca, um estilo que se tornou o rascunho intelectual da classe média universitária e pós-universitária, cujos defeitos e lacunas culturais da puberdade persistem e se tornam base pra própria realidade.

O horizonte visível, porém, é mais otimista do que parece. As pessoas crescem e vão lá batalhar pra pagar suas contas. Um bocado dessa massa vai continuar acéfala, bradando palavras de ordem, dentro de casa, contra o próximo aumento de impostos do governo ou o trânsito caótico da cidade. Nada vai fazer e vai continuar votando talvez na mesma corja ou na próxima corja que deixou e fará permanecer as coisas do jeito que estão. Um pedaço dessa massa (quem sabe uma mente apenas, o que já seria um lucro tremendo), talvez crie algo interessante e tenha bolas e gana pra mudar alguma coisa, pra fazer a diferença. Ainda bem que uma mente dessas surge com certa frequência.

Porque a sociedade precisa de uns tapas na cara pra se mexer e evoluir. E não de festas.

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Comentários

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28 comentários

  1. Excelente texto. Resume a essência do que já foi o indie e do que é (chamado) actualmente. Sinceramente, também não sei se quero que me continuem a chamar Indie…. 🙁

  2. Por tudo que eu vejo, na inércia dos “indies” por aí, parece que o termo virou pastiche de si mesmo. É triste ver “indie” virar sinônimo de gostar daquelas bandas ali e ficar preso nisso. É praticamente a antítese da idéia original do movimento.

  3. Por isso que me recuso a chamar de indie essa gente moderninha e conformista de agora, que não faça nada que ameace estragar o penteado… podem chamar de inflexibilidade de vocabulário, mas indie pra mim é outra coisa, aquela gente cheia de ideais artísticos inovadores, que foram popularizados junto com a popularização da internet e geraram uma verdadeira revolução na maneira como se faz e distribui música hoje… fico triste em ver a palavra usada assim, esvaziada de significado pra designar uma massa que não acrescenta e nem contesta nada. Mas acredito que ainda vão surgir frutos daí, caminhemos rumo ao próximo paradigma..

  4. o nome deveria ser “Isso não é indie” pq o independente mesmo deveria ter no mínimo a cabeça aberte pra se conciderar independente de alguma coisa. O Indie que conheçemos virou mercadoria, infelizmente, joe strummer e outros alternativos de fato devem se revirar nos seus túmulos por saber quer seus esforços em parte foram em vao. Acho ainda que as bandas que são adoradas hj não tem os mesmos pensamentos dos seus fans… as melhores bandas que tem aparecido tem se destacado por conseguir fugir um pouco do POPZÂO mesmo, mostrando uma maior qualidade e uma sinceridade ao fazer as músicas, sem querer buscar o grande público a massa. legal o texto! parabéns

  5. Sabe aquela sensação de ler um texto de tudo que você sempre pensou, mas nunca teve saco/capacidade/organização suficiente? Pois então, muito obrigada. Me deu força o suficiente pra repassar o pensamento em noites… alternativas por aí.

  6. “..não engulo essa leva baixoaugustiana, de Jenecis, Criolos, Petits e subgêneros..” Finalmente alguém pra concordar comigo! Ótimo texto! Parabéns!

  7. Acho que, tirando algumas generalizações visuais que dizem respeito a uma meia dúzia, teu texto até tem bons momentos, mas acaba soando no final como um desses textos de tiozão choroso porque as novas gerações “não entendem o que é bom”. Palavra de tiozão.

  8. Eu sou aquele indie à moda antiga
    Do tipo que não suporta Strokes
    E apesar dos novos tempos, e das calças tão coladas
    Ainda chamo de querida a guitarrada.

    Eu sou do tempo em que indie nem existia…

    Belo texto, como sempre!

    keep on rockin’

  9. Sim, Sandro! Esse era um dos meus receios. Ma garanto pra você que não sou desses. O slogan do Floga-se é: “um blogue sobre bandas boas e outras nem tanto”, admitindo que nem eu mesmo “entendo o que é bom”, ou já indicando mesmo que essa definição é e sempre será um lance pessoal. A questão central do texto, pois, não é essa.

  10. Eu acho que não é saudosismo barato. Quando entrei em contato com essa “indie thing” o esteriótipo da turma era o da síndrome de underground, onde eu acho que tenho um pé. Sendo generoso, um público afeito a novidades e buscar o que fazia sucesso lá fora e ainda tinha pouca penetrância por aqui.

    O que eu vejo hoje, de uma perspectiva bem pessoal, é um Planeta Terra que esgota ingressos em um dia por causa de Strokes e shows de novidades aclamadas (como The Pains of Being Pure At Heart, Ariel Pink’s Haunted Grafitti e Warpaint) com públicos pequenos… e até mesmo sendo ironizados por alternativos de fachada.

  11. […] e nestes dias alguns fatos me martelaram ainda mais a cabeça sobre o assunto. Primeiramente, este post do Floga-se e depois a repecursão na mudança mais recente do lineup do Planeta […]

  12. Belo texto !!! hoje em dia é tudo fácil , lembro me ter que ir até a galeria do rock ( ! ) , para encomendar um cd , e ficar sonhando com aquelas músicas , que chegariam depois de duas semanas … sair tomar umas brejas no centro com os amigos , e falar sobre essas músicas , etc…

  13. Nao vejo diferença alguma, a não ser pela musica, dos então chamados “indies” e das pessoas que ouvem sertanejo, curtem musica eletrônica ou qualquer outro gênero musical, e não estou falando de preconceito não, mas, o fato é que o verdadeiro rock, o “indie” é muito mais que as festinhas dos finais de semana, cheias de gente vestindo xadrez e calça colada, e com caras com aqueles bigodes escrotos se sentindo os donos da noite, que com suas “bandinhas” conseguem destruir uma musica fazendo covers horríveis nas noites por onde “tocam” , ou daqueles prêmios idiotas distribuídos por selos imbecis que coroam um rock star, uma “bandinha”, por que fulano e cicrano tem uma família rica e com fluência política na cidade.

  14. Parabéns pelo texto,

    É por essas e outras que para mim só existe 2 tipos de musica, as que gosto e as que não gosto.

    Não sei se pensaram nisso, mas se levarmos o termo “Indie” ao pé da letra como é descrito no texto o Calipso seria a maior de todas as bandas independentes e tem também o povo do tecnobrega, os caras preensão seus próprios discos e vendem ali nos shows sem nenhuma gravadora ou selo, e não é brincadeira, respeito o som dos caras apesar de não gostar nem um pouco, mas não posso deixar de concordar que eles fizeram acontecer do jeito deles, era uma musica discriminada que nenhuma gravadora aceitava distribuir, isso motivou D.I.Y nos caras que fizeram sua própria correria e quando estourou varias gravadoras vieram atrás e lógico que eles não aceitaram.

    O fácil acesso a informação que muitas vezes vem distorcida fez com que o termo “Indie” muda-se de significado e também popularizou toda a cena, é muito fácil se ver alguém com uma camiseta do Sonic Youth, Dinossaur Jr, etc, porém nem sempre estar com essa camiseta quer dizer que você seja um conhecedor da historia dessas bandas, essas bandas com a internet ultrapassaram barreiras, mantiveram o seu estilo, mas isso não importa para quem só conhece uma musica dos caras e já compra a camiseta a preocupação dessas pessoas é outra, é fazer parte de um aglomerado que esteja em evidencia, eu nunca vi alguém com uma camiseta do Sparklehorse por exemplo, lógico os caras não fizeram parte do boom de informação e ficou restrito para os que gostam de procurar coisas novas.

    Hoje o Sparklehorse não é novidade claro, mas eu lembro que quando ouvi pela primeira vez consegui anotar somente o nome da musica e esperei meses até passar o bendito clipe novamente no lado b para pegar o nome da banda e ir atrás, isso não existe mais hj se vc digitar no google “sparquelehorse” ele ira corrigir para vc e apontar o nome correto e tudo mais.

    Foi o que aconteceu com o termo “indie”, eles não querem saber o que significa, querem apenas poder usar e com isso sai distorcido, vocês lembram que em uma época na Rede Globo passava umas vinhetas que eram desenhos de cartunistas famosos, elas passavam nos comerciais de Filmes?
    Uma delas era de um cartunista chamado AROEIRA e o desenho dele era vários carinhas dançando um Heavy Metal, logo isso virou termo para zoar com um cara que gostasse de Heavy cansei de ver gente ser chamada de Aroeira por estar com uma camiseta do Iron Maiden, até eu já usei o termo e numa dessas o meu pai escutou eu falando e perguntou:

    Aroeira é o nome de uma árvore por que você está usando esse nome para tirar sarro de alguém?

    A resposta é justamente o que eu falaria agora a respeito do termo “Indie” hoje ele tem um novo significado, pode ser ou não o correto, mas é o que está sendo mais usado no momento e como mudar isso?

    Na verdade não vejo a necessidade de mudar, quem gosta e procura se informar sabe onde conseguir esse blog é um exemplo disso, todos os dias dou uma passada para ver se encontro algo de novo, quase sempre encontro, mas para isso tive que ir atrás.

    É bem provável que a maioria aqui tenha mais de 30 anos, deve ter uns gatos pingado ai com menos que isso, os que têm mais de 30 certamente sabe o que é o termo “Indie”, pois era muito comum ler a respeito em revistas, fanzines, etc os que tem menos de 30 correram atrás e hj estão aqui discutindo.

    Abraço

  15. É uma boa resposta a sua. Só faço um acerto de um ponto que acho que você distorceu. Não creio que ser “indie” deva se restringir àquela primeira noção, lá nos anos 80. Isso é besteira. O que encrenca são os “indies festivos”, justamente alguém que você citou com propriedade no trecho que fala das camisetas, com uma preguiça enorme de conhecer alguma coisa. Esses “indies festivos” não deveriam se tratar como “indies” justamente porque, preguiçosos que são em descobrir coisas novas, acabam só ouvindo ou aceitando uma banda ou música quando ela está mastigada pela mídia facilitadora, como a MTV e outros tantos blogues e sites. Eles querem é festa e só isso, tocando o que quer que seja, inclusive tecnobrega, Calypso ou sertanejo. Tanto faz. Chamo de “indies festivos”, mas a alcunha paralela mais apropriada seria com o dos “sertanejos universitário”. Os “indies universitários” são bem o retrato disso tudo. Mas aí, sim, pode ser um lance da idade, como fiz alusão no texto: nessa fase da vida, tudo é motivo pra festa e afins. Nada demais, é a idade pra se aproveitar mesmo, mas eu não posso me colocar nesse meio aí. Não quero que eles mudem a termologia, podem ser “indies”, só não quero ser “confundido” com essa turma, entende? As palavras mudam de sentido na maré da vontade da língua popular, não posso bater de frente com isso, nem com costumes, de forma alguma. Só não quero ser incluído nesse meio.

  16. É rapaz difícil é sair desse bolo né? Se bem que uma pessoa que lhe taxar de indie hoje certamente entra nesse clubinho do “Indie Festeiro” ai nem vale a pena considerar rs.

    Tem um outro termo que também acho uma piada que é o tal do “Rock Alternativo” esse também daria um bom texto hein entrou no mesmo bolo do indie.

    Curti as mensagens postadas, mostra que tem gente sintonizada de todo e qualquer jeito, isso é bom se fossemos todos iguais não teria como educar ou ser educado.

    Abraço

  17. Tem muita gente ‘alternativa’ achando que é indie e tem muito indie achando que é ‘alternativo’. Só acho que hoje, muitas pessoas estão confundindo conceitos que já foram explicados há muito tempo. Com essa twitterização das informações, praticamente tudo vem distorcido e principalmente o que é uma pessoa indie de fato.

    Sou uma pessoa nova, procurando novas bandas porque o rock que é definido pela mídia, ao meu ver, não é rock e muito menos o que é dito indie não é indie.
    Pra mim ser indie é escutar o que quiser e sempre estar indo atrás de bandas novas com novos sons e tentar associar o que é indie e o que não é.

    Gostei muito do texto e gosto do blog, espero que essa ideia seja passada adiante e que os jovens de hoje não fiquem presos aos 140.

  18. eu chamo isso de ‘indie de apartamento’ hehe
    tipo gente que não sai de casa pra ir pra ver show de banda independente mas vai pra mesma casa de show todo sábado ouvir as mesmas bandas manjadas de sempre

    gostei do texto menos do tom que foi usado

    aliás, não sei porque o floga-se escreve isso e fica dando RT no @indiedadepre. pra mim esse perfil é o ápice do ‘indie de apartamento’

  19. Kayê, agradeço a observação quanto ao “tom” (sim, é proposital e, sim, eu me divirto assim hahahaha). Pô, quanto ao @indiedadepre, o cara é gente boa demais, sério mesmo. Um cara inteligente que sabe se comunicar com o público dele. E acho que são coisas complementares: ele sabe que o público dele quer ler e ouvir sobre essas bandas mais pop, enquanto aqui no Floga-se a gente faz uma mescla com coisas totalmente experimentais, alternativas e desconhecidas, com os mesmos assuntos de bandas mais pop (cada vez menos, eu sei), além de lançamentos nacionais bacanas e uma voadoras no peito dos leitores. A gente toma umas voadoras de volta também e fica tudo certo. O importante é discutir, manter o diálogo aberto – e acho que o @indiedadepre tem contribuido bastante.

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