RESENHA: AUTOMNYMOUS – JUICE METAL EP

Pra evitar a confusão, em seu Bandcamp, o Automnymous (de Joinville, Santa Catarina) avisa que o que se passa em “Juice Metal” são “estruturas do metal” que não possuem como objetivo final fazer um “som típico de metal”. Pra isso: distorções, loops, ruídos e batidas que caracterizam a esfera inter-relativa de como se dá a relação do Automnymous com o gênero em questão.

Estamos, mais ou menos, no ponto em que o signo externo (a música) é absorvido pela consciência e o que é refratado em “Juice Metal” é um câmbio constante dum receptáculo que é, paralelamente, criador.

A solução pra tal problemática é diversa: a isolação de urros, a condensação sonora que ataca o ouvinte. É como se as próprias bandas citadas no Bandcamp estivessem sendo esmiuçadas a partir da neurose obsessiva com um modelo sonoro sendo dizimado por tal afeição.

Talvez, numa concepção tradicional, isso seja o oposto de “homenagear” o gênero. E eu mesmo acredito nisso, em algum nível, uma vez que apesar da obsessão pelo “metal”, o que o “Automnymous” faz é tirar a idealização do gênero e rabiscá-lo de impressões. E com uma gravação que sistematiza alguns elementos e extrapola outros limites, o que fica impresso no ouvinte é que uma coisa nunca é, apenas, ela mesma. Chame isso de impressão ou subjetividade, mas a marca concreta da pessoalidade da experiência é cada faixa gravada em “Juice Metal”.

1. The Remembering (Shrouded In Dark Wilderness)
2. The Hellion
3. Limbo Central
4. Som Volátil I
5. Spear Of Venus (Beherit Cover)

NOTA: 7,5
Lançamento: 25 de maio de 2017
Duração: 14 minutos e 44 segundos
Selo: Independente
Produção: Automnymous

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