STEREOPHONICS NO BRASIL – COMO FOI


Foto: Lucas Lima/UOL

Foram 24 músicas. Duas horas de apresentação. Apenas 2.500 pessoas pra ver a única apresentação do Stereophonics no Brasil, no Citibank Hall, em São Paulo. Pena. Perderam um show intenso, divertido, com uma banda de verdade em cima do palco – a despeito do que dizem dos gauleses em estúdio.

O espetáculo valeu cada centavo, desde a abertura com a empolgante “The Bartender And The Thief”. Explica-se: pra uma apresentação única, o setlist dosou com felicidade hits antigos, como “Mr. Writer”, “Pick A Part That’s New”, “Dakota” e “Have A Nice Day”, com mais novos, como “Innocent” e “Trouble”. Não há como fã não ficar satisfeito.

Mesmo que o som tenha embolado em algumas passagens e tenha atingido a perfeição apenas no bis. Nas perobices de voz e violão, veículo pra voz rouca de Kelly Jones, como em “Bright Red Star”, o lance só não fica sonolento de irritante que se torna por causa do som nada límpido.

Veja “Mr. Writer”:

E veja “Innocent”:

Banda velha de guerra, porém, tem suas vantagens: sabe o que faz em cima do palco. Ao se defrontar com problemas técnicos, por menores que sejam, por irrelevantes e insignificantes que sejam, soluciona com guitarras mais altas, e guitarra mais alta nunca é um componente ruim.

Mas o que vale aqui é a simplicidade, acima de tudo. Poucas palavras ao público. É chegar, ligar e tocar, como deve ser. Sem pirotecnias atrás da banda, sem frescuras. Nada de puxar saco da plateia – e antecipo, isso não significa rispidez ou rabugice. Resume apenas uma verdade: a música deve falar sozinha. E isso, caro e raro leitor, a do Stereophonics faz muito bem. Satisfação não é algo que se compre com palavras.

E a plateia de ontem ficou sem palavras.

Pra quem possa estar imaginando, aviso: não fui ao show. Outros compromissos profissionais não permitiram. O relato acima é um misto de depoimentos de duas pessoas que estiveram lá. O arrependimento não é exatamente algo bacana de se sentir, como você deve saber.

Conheço o Stereophonics há tanto tempo, que perder esse show doeu. Ainda mais quando a banda apresentou esse setlist:

01. The Bartender And The Thief
02. A Thousand Trees
03. More Life In A Tramps Vest
04. Superman
05. Stuck In A Rut
06. Uppercut
07. Mr. Writer
08. Have A Nice Day
09. It Means Nothing
10. My Friends
11. Maybe Tomorrow
12. Soldiers Make Good Targets
13. Pass The Buck
14. Pick A Part That’s New
15. Innocent
16. Too Many Sandwiches
17. Bright Red Star
18. Vegas Two Times
19. Just Looking
20. Local Boy In The Photograph

Bis:
21. Madame Helga
22. She’s Alright
23. Trouble
24. Dakota

E o encerramento, com “Dakota”:

Fica pra próxima. Também quero ficar sem palavras.

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Comentários

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4 comentários

  1. Me identifiquei demais com este post pois não fui ao show tambem por obrigações profissionais,claro que queria dar o cano mais neste dia ficou impossivel mesmo, se eu o desce perderia o emprego com certeza coisa que não pode acontecer na atual circunstancia. Enfim, entendo sua dor, procuro pensar que as bandas se dão bem financeiramente e sentimentalmente quando vem ao Brasil, por isso, espero anciosamente por um segundo show

  2. Foi inacreditável… Kelly Jones começou o show com The Bartender & The Thief” seguida por “A Thousand Trees”, passando por “More Life In A Tramps Vest” e “Superman”, até chegar na recente “Uppercut”todos embalados por um público muito empolgado… Minha favorita Mr. Writer” foi tocado a um solo de piano onde a multidao foi a loucura. Uma das mais conhecidas pelo público brasileiro Maybe tomorrow foi cantada em coro unissoro pela plateia.A última do setlist foi Dakota… um dos momentos mais empolgantes do show onde a voz rouca de Kelly preenchia todo o ambiente. simplesmente inesquecivel!

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