THE JOHN CANDY – GHOSTPEDIA

Lá se vão dez anos de história. A John Candy é uma banda carioca bem conhecida aqui pelos leitores do saite e que, veja, completa uma década de vida independente.

Uma banda que eu insisto em ligar ao Teenage Fanclub, mas que seu quarto disco, “Ghostpedia”, com lançamento em 13 de novembro de 2015, via Transfusão Noise Records e The Blog That Celebrates Itself Records, me desmente, dada a gama de caminhos percorridos pelas suas quatorze canções.

Tem a ver com o nome do disco. A banda disse ao Floga-se: “o nome foi meio intuitivo e vingou por alguns motivos: tal como os dois últimos discos, ‘Overdrive Beach’ e ‘Dreamscape’, ele dá uma unidade de paisagem à diversidade das músicas; também é um disco com alguns toques mais soturnos em algumas guitarras, uma influência The Cure que bem ou mal sempre esteve presente lá no fundo, só que agora talvez um pouco mais, riffs fantasmagóricos associados ao college rock semi nublado que a gente sempre fez. E por entrar numa série, numa sequência, que de certa maneira esse disco sintetiza, quatro álbum e dez anos, vem o ‘-pedia’. As letras também têm em comum serem todas sobre fantasmas do cotidiano, essas coisas.”

Em outras palavras, “Ghostpedia” é um álbum-enciclopédia da própria John Candy. Tanto que a banda oferece um formato físico curioso, um pendrive box, em comemoração à década de vida, “incluindo toda a discografia, algumas faixas-bônus e uma compilação de fotos e vídeos”.

O álbum tem uma diversidade de rótulos a lhe serem aplicados, mas todos gravitando pelos mesmos anos da década de 1990. A guitarra leve teenageana se faz presente, e há também um dream pop aqui e acolá (vale ouvir a balada “Patrol Of Resentment” e “Pearl”), uns garranchos de guitarra (“Trashing”), uns rockões noventistas (“Drop Out” e “Teachers Apple”), um levada Cure de fato (mas pesada, em “Korean Lesbian”; e balançada, em “Greatest Heat”, além de “A Certain Tour” e “Red Shift”), num disco que promete amadurecer a cada audição, bem como a John Candy certamente cresceu nessa década que passou. Vale folhear as notas dessa enciclopédia da banda.

A produção é de Vinícius Leal, e com gravação e mixagem por Pedro Garcia. “Foi gravado durante o primeiro semestre de 2015, no Modulumeter Estúdios”, conta Vinícius.

Ouça na íntegra:

01. Innocent Guilty (clique aqui pra ouvir)
02. My Blemish
03. Trashing (clique aqui pra ver o vídeo)
04. Patrol Of Resentment
05. Korean Lesbian
06. Greatest Heat
07. Pearl
08. Carmenere
09. A Certain Tour
10. Red Shift
11. Boomerang Soul
12. Drop Out
13. Teachers Apple (clique aqui pra ver o vídeo)
14. Forbidden

Foto que abre o artigo: Ramon Moreira

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