WALLACE COSTA FALA SOBRE “POSSIBLE DEATH”

Essa semana, Wallace Costa lançou seu EP “Possible Death”, um disco que deve ser classificado como, no mínimo, surpreendente. São cinco músicas excepcionais.

O próprio Wallace conta como foi o nascimento dessa pequena pérola: “o processo de gravação foi bem rápido, assim como o EP é curto, mas a ideia dessa ordem de faixas e das composições é de um ano e meio atrás. A gravação foi feita em estúdios caseiros. Algumas partes eu fiz em casa e outras eu fiz na casa de um amigo, porque ainda não consigo gravar a bateria em casa”, revela.

O disco é delicado, mas tem um assunto pesado. Falar de morte nem sempre é fácil e tocar no tema pode gerar especulações sobre a proximidade do artista com a própria, ou sobre uma visão pessimista da vida: “acredito que ‘Possible Death’ seja mais realista do que pessimista, mesmo a realidade sendo péssima. Eu não afirmo a morte, são só indícios, do mesmo jeito que não afirmo o céu”, argumenta.

“Minhas inspirações foram os últimos porres que andei tomando, e, ao mesmo tempo, as vezes que me conservei. Dá um contraste ótimo (risos)”, completa Wallace, reforçando a afirmação anterior: apesar da temática soturna, ele leva tudo numa boa.

A receptividade do disco tem sido boa, algo que nem mesmo o artista esperava, com aquela ponta de modéstia: “aqui, as músicas se encaixam. Gostei do resultado final, mas tenho certeza de que daqui a alguns meses estarei cismado com uma faixa ou outra”.

“Possible Death” precede o próximo disco, o segundo cheio, que Wallace diz já estar na metade da produção. Mas alerta, vai ser “bem diferente deste EP”: “ele terá 15 faixas, como em ‘Crossing Fields’, mas a metade das músicas será em português, e nenhuma será instrumental. Essas músicas não estarão no disco cheio, assim como as dos outros EPs não estiveram no ‘Crossing Fields’. Eu vejo o EP como um curta-metragem”.

Aqui, uma rápida análise do próprio Wallace, em poucas palavras, o que significa cada canção:

1 – Shadow
“Um homem que persegue a sua própria sombra. Ele não sabe o que faz”.

2 – Mary
“De uma desilusão amorosa para um sonho psicodélico. Sempre tenho muitos sonhos lúcidos, e achei interessante
tornar essa música num alterego”.

3 – Vultures
“É um sarcástico pedido de desculpas. Pra mim mesmo”.

4 – Death
“Penso na morte todos os dias. Fico imaginando as possibilidades de morrer, mas adoro viver (risos)”.

Sobre a instrumental “Possible Heaven”, uma das mais bonitas, que empata em dignidade com grandes peças de Ennio Morricone (sim!), Wallace prefere se calar: “Não sei o que falar dessa”. Melhor ouvir:

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