ENTREVISTA: BEMÔNIO – SEM PUNHETAGEM

Paulo Caetano lançou “Vulgatam Clementinam” em junho de 2012. Uma ótima surpresa, discaço que, o tempo diria, não seria páreo pro que viria pela frente. Já em novembro do mesmo ano, com a adição de Gustavo Matos na bateria, o Bemônio lançou o sensacional “Serenata”. Os dois discos acabaram na lista de melhores do ano do Floga-se (e de outras publicações também).

Mas Paulo e Gustavo produzem numa velocidade acelerada – como de praxe pro estilo, basicamente inspiração, improviso – e logo vieram outros lançamentos, como o novamente surpreendente “OPSCURUM”, uma peça de “nove interlúdios”, em maio de 2013. Havia uma evolução clara no apuro criativo da banda, inclusive conceitualmente. Algo ficava mais elaborado. Assim, o Bemônio ia se solidificando no subterrâneo brasileiros como um dos melhores atos. Não houve site ou blogue ou ouvinte que curtisse o que chamamos aqui de “música torta” que não se curvasse diante da porrada sensorial (mais do que auditiva).

Daí, surgiu uma dúvida inevitável: não é estranho uma banda começar assim pelo auge? Não, porque obviamente não era o auge, era um início estrondoso, mas não o ápice criativo. Em agosto de 2013, a dupla lançou “Santo”, um extraordinário álbum feito por muitas mãos, cabeças e ideias. Um disco coletivo, que Caetano, nessa entrevista exclusiva, chama de “uma bênção de cada santa pessoa pra enriquecer esse álbum”. Entre elas, a ajuda de um ídolo especial, Steve Austin. Contribuições que impulsionaram o projeto.

Porém, ouvindo cronologicamente a obra do Bemônio desde o princípio, é difícil acreditar que “Santo”, mesmo musical e conceitualmente bastante superior a “Vulgatam…”, seja de fato esse “auge”. Não dá pra duvidar de mais nada vindo daí. É tudo visceral, bruto, criatividade em estado bruto. Ou, como ele mesmo define, “sem punhetagem”.

Expor as vísceras assim é algo sagrado ao Bemônio.

Floga-se: Como nasceu a concepção do disco… Ele já nasceu “Santo”? Ou ele foi se formando no caminho?

Paulo Caetano: Já nasceu “Santo”, pelo interesse em querer fazer um álbum com participações especiais e que de certa forma fosse um desafio por lidar com pessoas de estilos diferentes do nosso, mantendo a característica do nosso estilo base.

F-se: Mas eu quero dizer o conceito… A história de que é um disco que fala sobre santos, homens da igreja.

PC: Não, nada disso. Nosso som, por ele próprio já tem um teor religioso, por eu simular canto gregoriano nos vocais… Mas a ideia do nome “Santo” é de dar ênfase às colaborações que tornaram esse álbum algo real e concreto. Digamos que cada contribuição foi uma bênção de cada santa pessoa – participação – pra enriquecer esse álbum. E que fez possível tornar algo rico e novo pro nosso som, como os trompetes do Daniel Develly, ou a guitarra de Zé Felipe, o vocal extremo de Paulão ou a participação de uma banda inteira, como o caso da Besta e We Are The Damned, por exemplo… Muito dessa inovação na sonoridade e aprendizado que tivemos na construção desse álbum se deve a tais “participações beatificadas”. Por isso o nome das músicas não leva “São” ou “Santo” antes do nome, parecendo assim um nome próprio apenas. E não somente no som, mas na masterização e mixagem do Steve Austin, que ele me procurou interessado em fazer, e da bela obra de Pedro Felipe na criação da capa. Tudo foi feito graças a esses santos.

F-se: Como surgiram essas participações? Você foi chamando de acordo com as linhas musicais que foi criando ou essas participações ajudaram na criação? Como você escolheu cada pessoa pra participar dessa ou daquela música?

PC: Não. Todo o processo de criação do Bemônio é improvisado. Ou seja, desde a entrada de mais um integrante na banda, no caso o Gustavo Matos, nunca ensaiamos e tocamos diversas vezes a mesma música. O processo de criação é dado sempre de uma só vez e muitas vezes sem saber como ficará o resultado final. No caso, da mesma forma que foi o EP “OPSCURUM”, a bateria foi gravada sozinha e sem ter a base minha feita, determinando alguns estilos e somente isso. As participações surgiram ou por interesse de algum amigo ou por pessoas que simplesmente gostamos do som, mesmo que em muitos casos não haja uma relação direta ao som do Bemônio – no caso, estilo similar. No caso das bandas portuguesas Besta e We Are The Damned, elas construíram uma música e em cima delas eu criei a versão final. Diga-se de passagem, foi a experiência do álbum mais difícil pra mim. No caso do Develly, já tínhamos uma base que achávamos algo similar a um doom jazz e ele gravou em cima ouvindo no próprio estúdio, uma única vez. E muitos eu fui gerando bases pra eles comporem em cima, e muitos só me mandavam rifes soltos, sem base, e eu criava em cima. Ou seja, foi um processo variado e sem regras. O Marcelo Rodrigues, Zé Felipe, Ricardo Pereira e DEDO mandaram os sons sem a base construída.

F-se: Comparado com o “Vulgatam Clementinam” e com o “Serenata”, esse foi mais fácil ou mais difícil, mais prazeroso ou mais complicado, por ter tantas participações? Afinal, não é mais um disco “só” do Paulo Caetano ou “só” do Paulo e do Gustavo…

PC: Mais difícil e o mais prazeroso. Esse álbum, apesar de ser um álbum da discografia do Bemônio, é produzido por mim e é um álbum de todos. Por isso, caso saia em cópia física, será apenas “Santo”. Bemônio big band (risos). Apesar que foi uma colaboração, não penso em fazer shows com a galera até porque seria inviável pois alguns moram fora do país e do estado…

F-se: Pretende manter esse esquema ou os próximos discos do Bemômio serão do Bemônio mesmo, como do “Opscurum” pra trás?

PC: “Santo” foi um álbum de participações, mas é bem provável que façamos um álbum inteiro com a participação de um músico, que aliás você gosta muito mas não posso revelar ainda sem estar tudo fechado (ri).

Show na Audio Rebel, em 4 de outubro de 2012:

F-se: Voltando às parcerias, no disco, apenas a faixa de abertura, “Benedito”, e “Bento” não têm participações creditadas. No que esse fato faz com que elas se diferenciem das demais, se é que há uma grande diferenciação na sua concepção?

PC: (Elas são) só Bemônio mesmo. Não há diferenciação, não. E “Benedito” se assemelha na base a “Agostinho”, e “Bento” na base a “Anastacia” ou “Vicente”, por exemplo. Na verdade, ela teve um upgrade muito grande com a mixagem do Steve Austin. Ia ser só músicas com participações, mas fiquei com pena de deixá-las de fora (risos).

F-se: Como se deu a entrada de Austin no projeto? Fale um pouco sobre isso, desde o princípio. Como surgiu a possibilidade?

PC: Na verdade, eu sou fã de longa data da banda dele, a Today Is The day. Eu o achei no Facebook e mandei o link do “Serenata”. Ele sempre deu retorno e pareceu curtir bastante o som da gente. Depois que mandei o “OPSCURUM”, ele se interessou mais ainda no nosso som e pediu em mixar e masterizar algo futuro nosso. Nunca passou pela minha cabeça que ele fosse querer fazer algo com a gente, o que fiquei muito honrado e gratificado por isso. E com isso, o “Santo” foi mixado e masterizado pelo homem aí (risos). Ele ficou muito feliz com o trabalho realizado, foi foda trabalhar com ele.

F-se: Apesar do vínculo afetivo com a banda dele, a mixagem e masterização de Austin contribuiu exatamente no quê tecnicamente? Falando pra leigos: o que ele fez que o Paulo Caetano não faria sozinho, como fez nos discos anteriores?

PC: Mas na verdade em momento algum pedi pra ele mixar e masterizar. Como sempre quem faz sou eu mesmo, com o convite dele achei que iria enriquecer e ter mais a ver com a proposta das participações, e foi no que deu. Ele deu um punch ao álbum. Agora, cara, pra leigos não sei. Mas eu de tiete da banda dele e pelo som que ele sempre fez já fico grato! (risos) Brincadeiras a parte, além da banda, ele produz muitas bandas e possui um estúdio também, Austin Enterprises. Ele já produziu Converge, Lamb Of God, Unsane… Com certeza deu características no som que, ao meu ver e por eu não ser perito nisso, cresceu bastante ao material bruto. Confesso que nos outros álbuns fiz o trabalho, pra um leigo como eu, saiu até direitinho (risos). Mas não nego que o interesse dele já me deixou, sim, feliz, por considerar durante anos o trabalho dele com o Today Is The day. É tietagem, foda-se. (pausa) Você não achou nada de diferente, né? (ri) Eu sei, mas sabe… Acho que rola também um orgulho por fazer algo com alguém que você sempre reverenciou na música… Mas ouvindo omaterial bruto tem diferenças brabas (ri).

F-se: Nesse caso, o que você acha ser o principal diferencial artístico de “Santo”? O que particularmente esse disco tem de bom na sua opinião?

PC: Todas as participações fodas em sua execução, sem exceção, desde a capa, sons enviados por e-mails pelos fãs, contribuições dos artistas todos. Empenho de todos, isso tornou esse álbum foda. Esse disco, eu comentei com o Bernardo Oliveira, que é uma Paella (comida espanhola) não é só drone, doom jazz, é um preparado de várias paradas.

F-se: Daí a gente chega nas músicas e suas variantes… Peguemos duas específicas, “Lázaro” e “Anastásia”, não coincidentemente as duas que têm trompete. A inclusão de um instrumento de sopro deu outra dimensão ao seu som, uma flexibilidade maior que o drone e o ambient parecem se negar a ter muitas vezes. Foi natural? Concorda com essa leitura?

PC: Plenamente. Quando ouvimos o resultado do trompete, o nosso maior desejo era roubar o Develly do Driving Music e ser o terceiro membro da banda (risos). O Fábio Andrade vai me matar se souber disso (ri). Já roubei um, o Matos (ri). Mas sim, o som do trompete deu uma evoluída ao som, que achamos que casou muito bem e que poderíamos investir nisso mais em produções futuras.

F-se: Nesse sentido, as guitarras todas que se ouvem no disco, guitarras físicas, como em “Edwiges”, não possuem o mesmo peso do trompete, no sentido de transformar uma estrutura musical que não era física, excetuando-se a bateria do Gustavo, numa coisa mais “orgânica”?

PC: Em termos de sonoridade do Bemônio, sim, o instrumento deu uma vida nova ao nosso som. E, sim, é algo pra ser pensar futuramente nas próximas composições. As guitarras trazem também, mas não com o mesmo peso, pois eu simulo isso já, tanto com o baixo ligado a pedais, quanto no synth. A parada é que nesse álbum as guitarras são tocadas por gente que entende bem do assunto. Gabriel Menezes é um monstro, sem babar ovo, mas é um metaleiro nato.

F-se: Eu ia citar a guitarra dos segundos iniciais de “Paulo”. Ela é, com o perdão do termo, “quase indie”. Caberia num Pixies, quem sabe. Daí os noises colocam “Paulo” entre as mais envolventes do disco. São essas quebras que tornam o disco tão atraente.

PC: É, e além da guitarra do Zé, teve eu tocando baixo com pedais de guitarra na base, no final de “Anastácia”. O baixo com pedais é tocado dando algo quase pro shoegaze… Pelo menos tentei (risos). Ainda iremos fazer um álbum de shoegaze, que na minha opinião foi daí que comecei a gostar de drone. Mas pra mim “Loveless” (disco do My Bloody Valentine, de 1991) é drone também.

F-se: Você ouve o quê pra se inspirar?

PC: Ouço muito jazz avantgarde, fusion (John Zorn, Sax Ruins, Contemporary Noise Sextet), metal (Baptists, Dead In The Dirt, Dragged Into The Sunlight, Repulsion, Master e outras coisas clássicas), shoegaze e indie (My Bloody Valentine, Curve, Sonic Youth, Chelsea Wolfe), entre outras coisas.

F-se: Você não ouve nada… pop ou indie?

PC: Pop? Duran Duran serve? Indie tipo o quê? Sonic Youth e Curve não serve? Mas de hoje em dia não escuto muita coisa, não, ou nada (risos), não curto a safra nova da música.

F-se: Você disse recentemente que o álbum se chamar “Santo” tem contraposição com o nome Bemônio. Por outro lado, a capa não traz “Bemônio” como identificação. No começo do nosso papo, porém, você disse que o nome é “Santo” por conta das participações “beatificadas”. Há realmente algum conceito aqui que guie a obra ou, por outra, você gosta ou acredita no formato de “álbuns-conceito”?

PC: Dependendo do contexto, sim. Contexto esse que está mais numa questão pessoal minha do que numa história que desejo transmitir ao público. Digamos que não sou do tipo a la Blind Guardian que faz álbuns-tema baseados em “Senhor dos Anéis”, mas que cada álbum há um significado no seu processo de execução, isso há. Em todos os álbuns do Bemônio há um porquê, pro meu processo e do que vivencio e traduzo no processo de criação. Sim, “Santo” se contrapõe ao nome Bemônio, e acho bobo ser Bemônio – “Santo”, sei lá, coisa minha, não acho que o nome Bemônio é tradução de algo ruim, e sim do ruído que exponho. E, tipo, cada porquê não é direto a compreensão do público, mas pra ser algo no meu processo, na minha execução. Jamais vou criar algo sem algum porquê meu. Alguma questão pessoal. Ou algum desafio que quero atingir musicalmente falando. No caso do “Santo” e “Serenata” foram.

F-se: Esse disco tem condições de ser representado ao vivo com todas as riquezas exibidas nele? Você pensa ou deseja essa representação fiel?

PC: Não, nunca. Processo de gravação pra gerar álbum é uma coisa, um processo de imersão oposta ao processo de shows. A proposta do Bemônio não é ser uma banda, modo convencional falando, e sim ser uma proposta de experiências de climas e estado de espírito. Algo mais pra uma instalação sonora do que banda. Se eu vou fazer um show, cada show será único, pois em cada show será uma experiência distinta que desejo passar.

F-se: Com que espectro de público você acredita estar se comunicando, de modo que possa compreender tais experiências? Acho que o público “médio brasileiro” (entre aspas porque me refiro não à falta de capacidade de compreensão, mas à faixa média de público como consumidor de música) está preparado pra uma “instalação sonora”?

PC: Tipo de público? Não sei, não posso rotular isso… Mas creio que seja apenas a pessoa interessada em ouvir e ter uma experiência no show, imersão plena do momento do show… Acho que está preparada pra este tipo de instalação. Mas acho que é mais do público tentar me entender do que eu me explicar… Até porquê é muito pessoal o que faço… Não é música decorada ensaiada, não é isso que quero na música, não me interessa entrar na rotina e obrigação musical que a maioria das bandas tem. Não quero tocar igualzinho o CD e nem tocar um álbum inteiro, isso eu deixo pra bandas musicais fazerem. No caso do Bemônio, que pode até parecer um show de banda, não é um show de banda que irei tocar ritos iniciais pro público ouvir. Não rola, pois perde o significado do Bemônio.

F-se: Qual foi a maior dificuldade de fazer “Santo”? Quanto tempo demorou, da primeira concepção até o ponto final?

PC: Gerar as músicas em conjunto com pessoas que nunca tive contato antes, musicalmente falando. Pra ficar pronto, o processo num todo demorou dois meses aproximadamente.

F-se: Fale um pouco da sua dificuldade de conseguir um selo pra lançar o trabalho fisicamente. Acha que é basicamente uma dificuldade de sempre do mercado independente ou tem a ver com sua sonoridade?

F-se: Não sei direito o porquê… Acho que há dificuldades mas de localização, região. No Brasil, mesmo em 2013, tudo é difícil e caro. Acho que as gravadoras e selos brasileiros independentes têm sempre a restrição de tudo aqui ser difícil, burocrático e caro. Resumindo: aqui brocha… Fita cassete no Brasil já vi por seis reais cada. Fazer vinil, vi trezentas cópias no mínimo por dez mil reais, e por ai vai ficando difícil… Aqui tá muito caro a produção das coisas… Essa é a maior dificuldade.

F-se: Mas você não desistiu da ideia de lançar “Santo” fisicamente, certo?

PC: Isso.

F-se: Qual a música do disco que você achou a mais desafiadora?

PC: Todas as com participações. Mas fiquei com mais medo das bandas de Portugal, pois a base, a música inteira praticamente, já estava criada. E gerar coisa em cima foi complexo pra mim.

F-se: “Medo” de não conseguir completar a base, é isso?

PC: É. Na verdade, medo, não, mas insegurança… Pois como tudo que faço é um processo muito pessoal, acaba que fica mais complexo quando vem de outra pessoa e cria em cima.

F-se: Você sente que aquela música “não é sua”… Perde um pouco do controle sobre ela…

PC: Sim.

F-se: Fale um pouco sobre a capa do disco. Como vocês a conceberam?

PC: Eu sempre fui fã das obras do Pedro Felipe. E a única idéia que passei pra ele de referência foi a capa do Celtic Frost, “To Mega Therion”, como idéia. Algo bem no estilo didático metal anticristão (risos). Mas o álbum não é um álbum de metal convencional death. Esse é o ruído da questão. Os metaleiros xiitas irão odiar! Apesar de ser o nosso álbum mais denso… “Vulgatam…” também é… Mas esse acho eu mais pois tem variações.

F-se: E ele acertou de primeira a concepção da capa ou vocês ainda se debruçaram em cima de detalhes pra chegar à arte final?

PC: Nada! De primeira! Bemônio é assim, de primeira sempre! Sem punhetagem! (risos)

F-se: O bemônio tem conseguido mais espaço na mídia, em blogues alternativos e até no site de O Globo. Você se surpreende com essa recepção? E como tem sido a recepção específica de “Santo”? Você lê tudo o que sai?

PC: Pô, tô assustado, sim. Quando saiu a matéria no O Globo eu pensei: “que porra é essa…”. Achei bom porquê muita gente deve ter ido escutar e se assustado com o som (risos). Mas está saindo, sim, em blogues e tendo bastante recepção. Esse trabalho está abrindo portas pra gente e espero poder um dia só poder viver disso. Não falo de ganhar dinheiro, mas de me dedicar 100% a música, saca? Leio, sim. Acho às vezes engraçado e sinceramente acho doido, pois está sendo rápido demais e, tipo, assumo que o que faço é difícil demais de digerir. Por isso fico muito grato e assustado com essa recepção. Nunca pedi nada a ninguém – “pô, divulga” e tal. Só divulgo meu som e ponto, sem pedir nada em troca. Por isso, fico feliz de toda essa divulgação.

F-se: Você acha que a mídia, mesmo alternativa tem um papel importante e pode abrir portas pra sua arte? Daí, uma pessoa que ouve Bemônio pela primeira vez, impelido pela curiosidade gerada por esses veículos, deveria começar a saga por “Santo”?

PC: Claro. Qualquer forma de divulgação ajuda, sim, ainda mais quando somos independentes. Não sei que começo dar ou direcionar… Mas acho que sim: começa pelo “Santo” e termina no “Vulgatam…”. Aí, no final, tem convulsão (risos).

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