O SAMBA QUE MORA EM MIM

Filmes como esse são raros. Não falo da qualidade, porque não vi ainda (embora os trailers deixem qualquer espectador com água na boca), mas da temática, porque o Brasil abraçando o que há de melhor do Brasil é raro.

E não há coisa melhor que o brasileiro faça do que samba – a música legitimamente brasileira. Há muita coisa que o brasileiro faz bem, entenda: muita. Mas entre essas tantas coisas, a linguagem do samba é a melhor. Um identidade nacional, mais do que a moeda, o hino, o futebol e, o jeitinho, a violência e a beleza das mulheres e das praias. Provavelmente porque o português foi feito pra dar melodia ao ritmo. Samba que não seja em português não é samba – e samba que não seja em carioquês dificilmente o é também (com exceções honrosas para confirmar a regra).

Esse documentário de Georgia Guerra-Peixe não tenta defender tese ou polêmica alguma, como eu me arrisco aí em cima. Tenta fazer um retrato do Morro da Mangueira, saindo da famosa escola de samba, de Cartola a Jamelão, onde, veja só, não se faz só samba.

Como diz o blogue oficial do filme, “se você pretende assistir ‘O Samba Que Mora Em Mim’ e encontrar um documentário sobre samba, vá esquecendo. É capaz de se ver mais entretido com funk no Morro da Mangueira do que com samba. Isso porque o que é documentado não é o samba em si, mas sim a vida das pessoas que fazem o samba da Estação Primeira de Mangueira (…), histórias como a da Vó Lucíola e do Mestre Taranta. (…) A diretora faz questão fez questão de mostrar o lado positivo do Morro, deixando a violência de lado. E é o que o samba nos remete: alegria”.

Há um enorme preconceito de que carioca que mora no morro vive de escutar pagodinho e samba. Há outros preconceitos. Esse filme mostrará histórias que podem diminuir essa ideia errônea, embora, é bom repetir, não é essa a intenção. “O Samba que Mora Em Mim” é aquilo que te dá felicidade. A felicidade que está dentro de você.

O documentário estreou nos cinemas nesse dia 11 de fevereiro, menos de um mês para o Carnaval. Assistir fará bem aos seus ouvidos, aos costumes e aos olhos, como esse trailer acena.

Faça isso – nem que seja só pra discutir alguma coisa depois, no boteco da esquina:

Para saber mais do projeto, vá ao site oficial do documentário, clicando aqui. Siga o filme no Twitter, em @Sambamoraemmim.

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