OS DISCOS DA VIDA: WALLACE COSTA

A música de Wallace Costa é bem parecida com boa parte dos discos que apontou em sua lista de “Os Discos da Vida”. Quer dizer, embora seja difícil entender como um álbum de 2011 (e cercanias) possa fazer parte da lista de um artista maduro, com boa discografia, há uma explicação lógica: Wallace realmente é influenciado artisticamente (filosoficamente?) pela sua turma da Transfusão Noise Records, o selo que lança suas músicas.

Daria, porém, pra resumir sua obra pela influência dos primeiros escolhidos da lista. Quem ouvir os brilhantes “Possible Death”, disco de 2010; e o recém-lançado “They Should Be Soft”; terá uma identificação imediata.

Afinal, não é esse um dos objetivos dessa seção?

Eis “Os Discos da Vida” de Wallace Costa.

WALLACE COSTA

“Olha, vou te falar… É mais fácil gravar um disco do que fazer uma lista de discos da vida”.

Bert Jansch – “Bert Jansch” (1965)
O Primeiro disco. O melhor disco. Ele era ótimo no Pentangle, mas sua carreira solo foi genial. Bert tinha um timbre de voz “vivido”. Fez uma das músicas mais lindas de todos os tempos: “Needle Of Death”.

Ouça “Needle Of Death”:

Leonard Cohen – “Songs Of Leonard Cohen” (1967)
Um guru trovador de terno impecável (risos). Lembro que conheci os seus discos na mesma época em que estava escutando Bert. Foi tiro e queda. Ainda ouço. É indispensável.

Ouça “Suzanne”:

Nick Drake – “Pink Moon” (1972)
Um álbum etéreo. Ouvia muito quando comecei a tocar violão, há uns seis anos. Percebe-se uma despedida nele. Principalmente quando ouço “Horn”. Impressionante.

Ouça “Horn”:

My Bloody Valentine – “Loveless” (1991)
Descobri que podia cantar bem baixo, mesmo quando há muito barulho. Disco poderosíssimo.

Ouça “When You Sleep”:

Elliott Smith – “Either/Or” (1997)
Esse disco do Elliott marcou uma transição nas minhas composições. Colocar um peso nas músicas, sem perder a essência.

Ouça “Angeles”:

Adventures In Stereo – “Adventures In Stereo” (1997)
Esse disco é o motivo pelo qual não citei Velvet Undergroun. Velvet já está no meu coração. Encontrei uma sequência incrível de músicas quando ouvi pela primeira vez. Uma delícia pros ouvidos. Vocais adocicados e harmoniosos.

Ouça “Airline”:

Broadcast – “Tender Buttons” (2005)
Uma mistura de post-punk, pop noise, vocal sessentista e psicodelismo. Bem elaborado. Ótima combinação. Não é o mais experimental, mas é lapidado. Tem me influenciado.

Ouça: “Black Cat”:

R. Stevie Moore – “Hobbies Galore (His Best 24)” (2003)
É um disco que reúne as suas melhores faixas (risos). Um gênio! Alguns dizem que Moore é o pai do DIY. Eu aposto que ele é um pioneiro. Seus videoclipes tem muita criatividade. Tudo feito com sinceridade. Sem nenhum apelo.

Ouça “Part Of The Problem”:

Simon Joyner – “Beautiful Losers: Singles and Compilation Tracks 1994-1999” (2006)
Simon é um músico que opta pelo lado da tragédia cômica. Pelo menos eu sinto isso. Discaço!

Ouça “Love Is Worth Suffering For”:

Vários – “Coração Transfusionado” (2011)
Ahhh, que orgulho dos meus amigos!

Ouça “Computação-Automação” (Fujimo):

Na edição anterior de Os Discos da Vida, “Os Discos da Vida: Bela Infanta”.

Leia mais:

Comentários

comentários

2 comentários

  1. Simon Joyner e um Singer/songwriter que gosto muito,acho que nunca vi ninguem citando ele em qualquer site nacional.. super vale a pena conhecer o trabalho dele.

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