PELÉ 70 ANOS

O Edson Arantes do Nascimento pode ser uma lástima (nas declarações, na escolha dos sócios e parceiros comerciais), mas o Pelé, vaitomarbanho quem acha que não é gênio. Peralá, gênio não no sentido banalizado da palavra, naquele em que qualquer zéruela que fala uma frase de efeito é alçado. Pelé é um dos poucos gênios do esporte. No futebol, é o maior, claro. Zico, Maradona, Zidane, Romário (pra ficar nos que eu vi jogar) podem ser gênios também, então é preciso inventar uma palavra nova pra definir o Rei.

Pelé fez 70 anos dia 23 de outubro, e fico admirado com o pouco que ele é realmente adorado no Brasil. Claro, é um ídolo, por onde passa é reverenciado e conseguiu isso em vida, caso raro na Terra das Bananas. Mas é pouco, ainda há quem o conteste, quem torça o nariz pra ele, confundindo a pessoa física com o ídolo. O que ele fez pelo Brasil, colocando o País no mapa, é digno de uma sei-lá-qual-homenagem – e olhe que ele já teve inúmeras, mesmo assim ele deve continuar tendo sempre. Pelé jamais deixará de ser pauta, oras.

Agora, veja você, raro leitor, que o Pelé também canta. Você sabe muito bem disso. E canta mal. Você também sabe disso. Mas, Pelé que é, talvez tenha perdido um tanto o senso do ridículo – porque ridículo não foi um adjetivo constante em sua biografia – e ele continua empunhando o violão pra mandar seus recados às criancinhas e tals.

Só que até no que ele não é bom, ele é gênio. Veja no vídeo abaixo um pout-pourri de cenas do Rei cantando. Destaque a cena em que ele se apresenta no extinto “La Hora Del 10”, que o Maradona apresentava na TV argentina. Maradona, é bom sempre lembrar, caso alguém ainda esteja tentando achar uma cura pra sua insanidade, se acha melhor do que Pelé. Ele e os argentinos, essa gente carente de oftalmologistas.

Nela, Pelé canta “quem sou eu, Maradona?/ Quem é você?/ Você quer ser eu/ E eu quero ser você”. Repare na cara del Pibe antes do último verso dessa estrofe. Deve ter passado na cabeça del cheirador: “o cara tá me zoando que eu quero ser ele? Quer dizer, eu queria, mas…”. Quando Pelé encerra a estrofe, Maradona abre o sorrisão, aliviado. Um drible desses só um gênio dá:

Parabéns, Pelé! O Floga-se agradece por isso também!

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