PENSE OU DANCE: A GERAÇÃO MIMIMI

Tava conversando recentemente com um amigo sobre o “problema dos textos longos”. Que brasileiro tem preguiça de ler, é sabido. Que jovem não tem saco pra mais de três parágrafos, idem. Antes da Internet era assim, mas a banda larga piorou bastante esse problema. E o resumão das postagens das redes sociais ainda mais.

Há ainda o problema de ler, passando da primeira barreira de querer ler ou de dispor a ler, e compreender. São dois passos distintos. Estamos no primeiro ainda – e dando esse passo pra trás.

No meio do bate-papo, surgiu a expressão “Geração Mimimi”, pra explicar essa aversão. Pra mim, é sob medida. Ela se baseia na indisposição à leitura, na dificuldade de compreensão e, principalmente, na aversão à discussão.

Um link que recebi ontem (pelo Twitter, veja só), intitulado “O ‘brainstorming’ vs. o poder dos introvertidos”, de Hélio Schwartsman, da “Ilustríssima” (em Folha.com – e do qual vou construir base pra outros devaneios neste espaço, não se assuste com a repetição de fonte) critica a máxima que vem sendo utilizada há anos em círculos sociais, nas relações em que há embate de ideias ou necessidade de criação ou de desembaraço de uma situação conflitante: o “brainstorm”.

O “brainstorm” é um recurso bastante utilizado em publicidade e marketing pra chegar a soluções criativas pros clientes. Quanto mais gente no processo, melhor. A troca de ideias favorece o fomento de um resultado inteligente e eficiente pro contratante. No processo, sabe-se que a crítica não é bem-vinda, porque é o momento “das ideias fluírem” e quaisquer ideias, até as “ruins”, são bem-vindas.

O processo se desenrola de maneira divertida e tals – talvez o momento mais bacana e “mágico” da profissão – e, quando há necessidade da crítica, dependendo dos participantes, floresce até a gentileza de um pedido de desculpas velado, na forma do “vou dar uma de advogado do diabo”. Mas a ideia básica é a ausência de crítica. Todos querem chegar a um objetivo comum, satisfatório e passar o abacaxi pro próximo.

Claro, não somos todos publicitários ou marqueteiros. Nas relações diversas, a ausência de crítica provou ser mais maléfica à criatividade do que se imagina.

Eis que Schwartsman, após inúmeros argumentos, oferece a figura do “do contra”: “embora possa produzir fricções de alto custo emocional para todas as partes envolvidas, a figura do ‘dissenter’ (o ‘do contra’) costuma levar a maioria a reformular seus argumentos (ou projetos), de modo a responder a objeções percebidas como relevantes. Essa dinâmica fica particularmente clara em situações como a de tribunais colegiados, comissões legislativas e na própria ciência. É praticamente o inverso de um ‘brainstorming’, onde a regra era não criticar”.

Se há algo que a “Geração Mimimi” não é, é ser “do contra”. A aversão à discussão é tão latente e exposta nas redes sociais, que suas expressões inspiraram o título a ela: “quanto mimimi”, “não discuto isso, é só mimimi”, “haja mimimi”… Dá até pra ver o bocejo produzido junto com a frase e o desprezo pelo assunto qualquer. Acredita-se que, assim, encerra-se a discussão. Encerra-se, sim, um atestado de idiota na testa da figura.

Enganam-se. Tudo, a princípio, é discutível, Tudo. Tudo, em primeira ordem, merece ser questionado. Só que isso, claro, dá trabalho, carece de embasamento teórico, conhecimento, necessita de vida vivida.

A preguiça é um bom motivo pra resumir o problema, mas é por demais simplório. Os tempos são ágeis, e pelo jeito ninguém tem muito tempo pra ficar lendo longos textos sobre qualquer coisa, ou livros demasiadamente intrincados. Cento e quarenta caracteres, manchetes, comentários de poucas linhas em posts tais, qualquer uma dessas coisas é mais fácil e parece resolver qualquer problema ou alimentar a pouca sede de conhecimento. Sabe-se de tudo, não se compreende nada.

Mas não é só isso. Há o “desaprendimento”, que gera o “empreguiçamento”. As pessoas estão desacostumadas a ler e, com isso, perdem o que necessitam pra se aprofundar numa discussão, ou pra se capacitar a uma. A concordância, pois, é mais fácil, limpa, asséptica. E estamos todos em casa, amigos, sem atritos, sem arestas pra aparar. Uma legião dócil de mentes inertes.

A “Geração Mimimi” é resumo de um tempo, mas também é o reflexo do descaso das próprias pessoas com seu futuro. Ser um bom médico, advogado, engenheiro, motorista, vendedor, recepcionista, o que for, tem grande valor social, mas ser isso parece-me pouco.

Aquele que extrapola suas funções dentro da engrenagem do sistema, questionando o sistema, discutindo, “pensando o sistema”, pode ter mais valor e contribuição pro avanço da sociedade. Um chute na bunda de algumas regras nunca é de pouca valia. Por que não discutir dogmas? Porém, contestar cria mais animosidades, torna o “do contra” o chato da turma – e ninguém quer ser “o chato”, todos querem ser amados e afagados pela sociedade. Pois bem, dá pra fazer os dois: criticar, ser “do contra” e ser convidado pra aquela festa, pro boteco, e conseguir arrumar namorada/namorado. Na pior das hipóteses, talvez, você é que esteja escolhendo os amigos errados, com a mesma preguiça, com o mesmo “desaprendimento” incutido.

É impressionante a concordância e a superficialidade com se discute temas, principalmente nas redes sociais. Há uma avalanche de indignação ou concordância pelo nada, basicamente.

Eis algo que é nada. Quando foram divulgados os preços dos ingressos pro show de Bob Dylan em São Paulo, 2012, viu-se com certo espanto que o camarote custava R$ 900,00. Um absurdo apenas se a pessoa indignada resolvesse trocar a plateia (ou outro setor mais popular) pelo tal camarote. A “plateia superior” custava entre R$ 150,00 e R$ 250,00. Os ingressos venderam como água no Saara. As manchetes online, enquanto isso, estampavam que os “ingressos pro Bob Dylan custam até R$ 900,00” e um turba se mostrou bastante indignada. Parece que de repente todo mundo estava sedento por um espaço no camarote, mas o preço se mostrava proibitivo. A indignação era vazia, com o nada, sem motivo e sem ter com o quê argumentar, a não ser o fato de que havia ali um setor que custava R$ 900,00.

A questão dos ingressos é bem mais complexa, até mesmo do que esbocei aqui, mas já dá pra ter uma ideia. A “Geração Mimimi”, entretanto, trafega por essa superficialidade dos R$ 900,00. Faz marola – ou chacota com a inteligência alheia.

A “Geração Mimimi” incomoda? Não, nem um pouco. É uma geração que vai ser absorvida pelo sistema e trabalhar a favor dele. Assim como, pra enorme maioria, o sistema também não incomoda. Estamos todos nele, inclusive os contestadores, precisando comer, namorar, se vestir, trabalhar, produzir. Muitas coisas desse sistema, porém, são desprezíveis e precisam de um tranco, de uma chacoalhada. Precisam de gente “do contra” (com vontade e conteúdo) pra discutir e tentar mudar. Não é necessariamente a expressão de um ato carrancudo, ranzinza, ranhento, mal humorado. Pode ser uma diversão, mas ninguém sairá de uma discussão da mesma forma que entrou, é bom ter em mente.

Vale desde os ingressos até a Lei da Anistia. Vale pro não-pensamento urbanístico das grandes cidades brasileiras (que privilegia os carros, a despeito de transporte público, pedestres, ciclistas e a lógica em si) até o motivo dessa ou daquela banda não sair de certos holofotes e todo mundo aplaudir por osmose. Vale pra educação medíocre que os brasileiros vêm recebendo sistematicamente há gerações até pros motivos que levam os serviços públicos ou privados ser tão ofensivos. Vale pro racismo, pra homofobia, pro esquerdismo e pro direitismo. Vale pra tudo.

Precisamos de mais gente “do contra” e menos desprezo onomatopeico pra qualquer questão. Precisamos de cérebros interpeladores e menos preguiça. Precisamos de mais atrito e menos pensamento restrito.

Schwartsman conclui, com felicidade: “o “do contra” aqui, ainda que possa provocar brigas homéricas, é um elemento fundamental para melhorar a qualidade do trabalho. O diálogo, vale frisar, nem precisa ser ao vivo. É preciso criar mecanismos que questionem os consensos. (…) Quando precisar juntar colaboradores, mais vale reunir grupos heterogêneos, com um número razoável de pessoas ‘do contra’. Eles reduzem os riscos das patologias da conformidade. Em vez dos elogios, prefira as críticas. Apesar de desgastantes, são elas que vão ajudá-lo a melhorar suas ideias. E, mais importante, não acredite em fórmulas prontas”.

Sempre acreditei nisso. Por isso, aqui no Floga-se, não vejo problema com “textos longos”, nem de confrontar fãs, críticos, leitores ou a mim mesmo. E nem, ao final das contas, de dar o braço a torcer se me vir sem saída na contra-argumentação. Um discussão não é uma batalha pra se achar um vencedor. É só a busca pela verdade – mesmo que essa verdade possa ser confrontada por um terceiro.

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Comentários

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20 comentários

  1. Cara, eu me considero um desses integrantes da “Geração Mimimi” e que – felizmente ou infelizmente, sei lá – percebo minha condição de preguiçoso e me incomodo com ela. Busco sempre sair dela, ainda que não saiba sequer por onde caminhar, pensar, pisar, olhar… é como um vácuo capaz de sugar toda a minha vida, mas que me chama intensamente e que, cada vez mais, sinto-me incapaz de recusar a esse chamado só por conta da preguiça.

    Vi esses dias atrás uma imagem fantástica que resume bem essa história da “Geração Mimimi”. Não sei se posso colocar links aqui, mas lá vai: http://thatbecomesinspiration.tumblr.com/post/18549215518/nicolesimon-your-comfort-zone-vs-where-the

    E é exatamente isso! A preguiça é uma mãe acolhedora, sempre de braços abertos, mas que infelizmente não ensina nada! E toda vez que eu – pelo menos – consigo sair das asas dela e dar um passo a mais em direção ao mundo aberto, vejo a mágica acontecendo, seja comigo, seja com outras pessoas, com o mundo ou com tudo ao mesmo tempo.

    Tem horas que é muito difícil abandonar aquela ideia frouxa e rápida de 140 caracteres ou de um clique num curtir, mas todo esforço para ir além disso vale mais que uma vida inteira de retuítes, compartilhamentos e nenhuma ideia nova.

  2. Você acerta quando diz que sempre ouve essa tal preguiça e que a internet e suas Redes Socias agravaram a situação. Acredito que essa tal “Geração Mimimi´´é absorvida dentro do sistema, como uma peça chave;não são contestadores e nem tentam refutar qualquer argumento de quem tem mais do que meias palavras a dizer, pois logo estão “em outra´´, não gastando muito tempo com qualquer dicussão. Penso que é dever sim ,escolher melhor nossas amizades e profissões, para não mergulhar de vez na mediocridade e criar relacinamentos , onde a dúvida e discordância, leva a se criar pensamentos novos .Ser chamado de “chato´´por contestar certas situações com mais frequência , acaba sendo em muitos casos um elogio, vendo a vida letárgica que algumas pessoas levam e que não se dão conta, exatamente por fazer parte de uma maioria preguiçosa da sociedade atual.

  3. Leitores de orelha (de livro e de orelhada) sempre existiram e sempre existirão! Leitores de verbetes (de dicionários e enciclopédias), idem. Leitura digestiva (as companheiras eternas dos rolos de Neve) já eram preconizadas pelas Seleções nos anos 1970 e anos mais tarde (1990) pelo lançamento publicitário da revista Época (Ed. Globo) – na rasteira das tais pílulas de suplementos alimentares talvez, os gênios colocaram a moça se atualizando com a revista sobre a bicicleta ergométrica na academia. “Pegar o bonde andando e sentar na janelinha” portanto não é privilégio geracional. Talvez a concordância bovina seja, mas sempre há os discordantes que têm propriedade e os atletas que curtem o exercício.

  4. Ops! Falei da concordância bovina e errei feio na tempo-numeral-verbal… rsrs… Leia-se “já era preconizada” ou LeituraS digestivaS, se preferir

  5. Fantástico.
    Acabo de conhecer e o site e estou gostando de vários textos.
    Escrevem muito bem e sobre temas interessantíssimos.

  6. Olha, até concordo com este conformismo desta geração, mas, além do mimimi, há um outro fenômeno bem diferente deste: as trocas de farpas virtuais. É só ver a seção de comentários do UOL e de muitos blogs. É baixo, é amargo, é rancoroso. Eu entendo da seguinte forma: na falta de motivos importantes para extravasar sua cólera natural, as pessoas acabam fazendo isto no mundo virtual. Ainda não entendi muito bem o porquê, mas me incomoda muito.

  7. Gostei do texto, mas vim comentar mesmo o comentário do Franklin Weise, concordo plenamente. Chega a ser triste ler os comentários principalmente do Uol, as pessoas nem ao menos tentam usar um argumento, elas simplesmente jogam um “essa gente tem mais é que se foder” e outras variações e acabam por quase banalizar o artigo em questão. Também fico muito incomodada.

  8. Engraçado, ouvi isso da geração 80 e 90. Que eram um bando de conformados, que nada faziam, era extremamente influenciados pela Globo e que os pais deles, que lutaram contra a ditadura é que eram os caras. Os anos passaram e ambas as décadas viraram geniais e influenciaram milhares e blá-blá-blá.

    A geração anterior é sempre melhor por uma questão seletiva, esquecemos gradativamente o que foi ruim, esquecemos as bandas ruins, os filmes ruins, tudo! Ficamos com o que é bom e fazemos de conta que o ruim não aconteceu, isso é humano.

    Essa geração, com seu “discurso vazio” será venerada daqui a 20 anos, sendo usada como exemplo de mobilização online, da responsável pelas mudanças radicais que a sociedade sofreu por não terem os mesmo valores das ridículas gerações dos anos 70/80/90… Tendeu? 😉

  9. Não se espera de uma geração inteira que ela mude as coisas. Nunca aconteceu isso, nem nunca vai acontecer. As dos anos 70, as dos anos 80, as dos anos 90, todas elas tiveram suas virtudes, como as dos anos 2000 também possuem. Me parece óbvio que são essas virtudes que deverão ser lembradas. Mas, ao contrário do que você diz, não se esquece os erros, as besteiras, os tropeços, nem mesmo as bandas ruins. O caso é que com aquelas gerações já não há muito o que fazer. Com as gerações atuais, há – e é preciso chacoalhar algumas cabeças pra sair do marasmo (não que esse texto tenha essa pretensão, mas…). É compreensível que as pessoas se sintam ofendidas e é essa a intenção mesmo: quem se ofende – ou sente algo – se mexe, pode refletir e talvez mude. O que se espera é que mais gente faça a diferença agora do que as gerações anteriores fizeram. Espera-se mesmo, porque o mundo atual não é exatamente dos melhores – tecnologicamente, sim; socialmente, não. Se as pessoas se indignarem, já é um bom começo. Pra, sim, as gerações das décadas vindouras também serem questionadas. Se você acha que as gerações anteriores não podem questionar os jovens das gerações atuais, é porque você já pensa como os velhos das gerações anteriores. 🙂

  10. O que mais acho saco na geração mimimi é o fato de que reclamam, mas vão lá comprar o ingresso burrado. Reclamam que tá caro mas brota dinheiro do cu para comprar a porra do ingresso. Se acho caro, simplesmente não vou. Minha forma de protesto. Pessoal vai, reclama mas vai. Se ninguém fosse, se não houvesse lucro, duvido q os ingressos seriam tão caros. É a oferta e a procura. Vc procura, aumenta o preço.
    A geração mimimi é residente apenas do Brasil. O mundo se revolta, a gente não.

  11. Fernando, socialmente mudamos o tempo todo. O fato de estabelecermos relações muitas vezes mais duradouras no mundo virtual é isso. Obviamente que apenas uma geração não é capaz de mudar tudo, mas é parte de um todo.

    Pense no que falamos dos gregos atualmente, claro que lembramos dos imperadores malucos, das guerras, das matanças, mas qual o legado deles?
    Ficou o que eles tinham de melhor, essa é a herança.

    Agora pense, o que falarão de nós daqui a 1000 anos? (se o mundo não acabar em dezembro hehe)

  12. Muito bom o texto Fernando. Realmente, está faltando pessoas “do contra”. O mundo está muito passivo e dominado pelo mal senso em quase todos os aspectos da vida. Isso me faz ser cada vez menos “do contra” e cada vez misantropo. Um abraço!

  13. É por isso que as escolas infantis, talvez tão importante quanto alfabetizar, vendem o “desenvolvimento de senso crítico”. Nas entrelinhas, significa: don’t believe the hype! Mas conhecer, se não for pra criticar pagando o preço de ser chato, serve pelo menos pra você saber que está sendo enganado e rir de canto de boca.

  14. Talvez seja regional, isso.

    Tenho observado esse marasmo em quase todas as gerações que tenho contato por aqui. Desde os bisavós, até a geração 2000.
    Claro que existem as exceções.

    Mas eu tenho reparado que algumas crianças com 6 anos ou menos estão desenvolvendo um senso crítico diferenciado, que não se vê nem mesmo nos adultos de hoje.

  15. ..textaço!

    sublinho o trecho:
    Aquele que extrapola suas funções dentro da engrenagem do sistema, questionando o sistema, discutindo, “pensando o sistema”, pode ter mais valor e contribuição pro avanço da sociedade. Um chute na bunda de algumas regras nunca é de pouca valia. Por que não discutir dogmas? Porém, contestar cria mais animosidades, torna o “do contra” o chato da turma – e ninguém quer ser “o chato”, todos querem ser amados e afagados pela sociedade. Pois bem, dá pra fazer os dois: criticar, ser “do contra” e ser convidado pra aquela festa, pro boteco, e conseguir arrumar namorada/namorado. Na pior das hipóteses, talvez, você é que esteja escolhendo os amigos errados, com a mesma preguiça, com o mesmo “desaprendimento” incutido.

    E pros que se acovardam diante de conflitos mínimos, chamo-os dos que sofrem de “complexo de Luciano Huck”, ou seja, são gente boa demais fazendo coisas de menos

  16. Isso não é mal exclusivamente de brasileiro. Lá fora existe inclusive um “meme” para isso: tl;dr (too long; didn’t read).

  17. Nem li, nem lerei.
    hahahaha
    Brincadeira.
    Tenho lido textos nesse sentido na net há algum tempo e realmente nossa geração está passando por uma profunda transformação, que ironicamente está nos deixando cada vez mais rasos intelectualmente.
    Geração mimimi, geração google, geração desprendida, geração TDAH…
    Tenho medo de onde iremos parar.

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