WALLACE COSTA – EROSION

Um dos preferidos da casa, Wallace Costa chega ao seu quarto disco cheio, “Erosion”, lançado nesse dia 29 de outubro de 2013. “Erosion” sucede “Brighter Than Pills”, de dezembro de 2012, e seus trabalhos como o Um Camezind e com o Transparente Intenso.

Apesar do volume de sua produção pessoal, Wallace Costa “sofreu” pra chegar a “Eorsion”. Não foi fácil, não foi de supetão. Foi bem demorado, “mas sem pressa”, ele diz. “Era uma pasta do computador que ficava com vários pedaços de coisas e ideias… Não são sobras, só coisas que eu não via nos outros álbuns; por isso esse disco deu trabalho, e ao mesmo tempo ficou bem torto”, referindo-se ao modo como as canções acabaram se apresentando na miscelânea de momentos criativos. “Tem músicas de 2009, 2010, 2011, 2013… Fiquei sem dormir por causa desse disco; agora tô sentindo alívio e felicidade”, completa.

O disco é inteiramente ele com ele – composições, voz, violão, bateira, teclados: “tem improviso nele, sons feitos com a boca e modificados no computador, mudança de tempo, por exemplo, pra simular algo bem diferente…”.

O título ele explica por conta “das letras e melodias do disco, algo vivido e machucado, é como se eu tivesse sofrido uma erosão desde aqueles tempos”.

E já começa como uma viagem, mesmo. A primeira faixa é chama-se “Número 4”, mas tem um motivo especial: é gravação de “um áudio extraído de uma k7, eu tinha quatro anos e gravava várias coisas pela casa… a outra criança deve ser algum primo ou vizinho”, revela.

Na sequência, o que se ouve é uma sucessão de pequenas canções de até dois minutos e meio (só duas chegam a três minutos), mostrando o folk campestre e a psicodelia bastante conhecidas de Wallace. “Marching” é a única recente. As outras mostram essa erosão do tempo na criação do artista, principalmente na letra de “Memória”.

“Talking” é uma das canções “tortas”, como bem define Wallace, com sua “bateria” insana. “Real Emotions” também experimenta com ruídos, ampliando o leque de sua psicodelia, que radicaliza bem em “Warm Friends”.

A maioria das quinze músicas se parece com vinhetas psicodélicas, o que realmente pode soar estranho. Mas é disco bem bonito no final das contas e o seu lado “torto” é sobrepujado por essa beleza.

Ouça na íntegra e baixe de graça:

01. Número 4
02. Falling
03. Elogio
04. Numbers (clique aqui pra ver o vídeo)
05. Magma Blue
06. Marching
07. Memória
08. Talking
09. None Of You
10. Real Emotions
11. Cada Qual
12. Warm Friends
13. Too Many Graves
14. Roncos Calmos
15. Broken Teeths

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